1984 (Nineteen Eighty-Four) | |
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Mil Novecentos e Oitenta e Quatro ou 1984 | |
Capa da primeira edição publicada em 1949. | |
Autor(es) | George Orwell |
Idioma | inglês |
País | Reino Unido |
Assunto | Totalitarismo, manipulação psicológica, controle do passado, tecnologia, linguagem, guerra, alienação, negacionismo, vigilância em massa |
Gênero | Distopia, ficção política, ficção de ciências sociais |
Localização espacial | Londres, uma província da Oceania |
Editora | Secker and Warburg, Londres |
Lançamento | 8 de junho de 1949 |
Páginas | 326 |
ISBN | 0141182954 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Paulo de Santa-Rita[nota 1] |
Editora | Ulisseia |
Lançamento | 1955 |
Páginas | 308 |
Edição brasileira | |
Tradução | Heloisa Jahn, Alexandre Hubner |
Editora | Companhia das Letras |
Lançamento | 2009 |
Páginas | 416 |
ISBN | 9788535914849 |
Mil novecentos e oitenta e quatro (em inglês: Nineteen Eighty-Four; também publicado como 1984) é um romance distópico do escritor inglês George Orwell. Foi publicado em 8 de junho de 1949 pela Secker & Warburg como o nono e último livro de Orwell concluído em vida. Tematicamente, centra-se nas consequências do totalitarismo, da vigilância em massa e da lavagem cerebral na sociedade.[1][2] Orwell, um socialista democrático, modelou o Estado autoritário descrito no romance com base na União Soviética stalinista e na Alemanha Nazista.[3] De forma mais ampla, o romance examina o papel da verdade e dos fatos nas sociedades e as formas como eles podem ser manipulados.
A história se passa em um futuro imaginado em um ano não especificado que se acredita ser 1984, quando grande parte do mundo está em um estado de guerra perpétua. A Grã-Bretanha, agora conhecida como Pista de Pouso Número 1, tornou-se uma província do superestado totalitário chamado Oceania, que é liderado pelo Grande Irmão, um líder ditatorial apoiado por um intenso culto à personalidade fabricado pela Polícia do Pensamento. O partido promove a vigilância governamental onipresente e, através do Ministério da Verdade, o negacionismo histórico e a propaganda estatal constante para perseguir a individualidade e o pensamento independente dos cidadãos.[4]
Winston Smith, o protagonista da história, é um trabalhador mediano e aplicado do Ministério da Verdade, mas que secretamente odeia o partido e sonha com uma revolução. Smith também mantém um diário proibido e começa um relacionamento secreto com uma colega, Julia, com quem descobre sobre um obscuro grupo de resistência chamado Irmandade. No entanto, o contato deles dentro da Irmandade na verdade era um agente do partido e Smith e Julia acabam sendo presos. Ele é submetido a meses de manipulação psicológica e tortura pelo Ministério do Amor e é libertado assim que passa a amar o Grande Irmão.
Mil novecentos e oitenta e quatro tornou-se um exemplo literário clássico de ficção política e distópica. Também popularizou o termo "orwelliano" como adjetivo, com muitos termos usados no romance entrando em uso comum, incluindo "Grande Irmão", "duplipensar", "Polícia do Pensamento", "crime de pensamento", "Novilíngua" e "2 + 2 = 5". Paralelos foram traçados entre o tema do romance e exemplos da vida real de totalitarismo, vigilância em massa e violações da liberdade de expressão, entre outros temas.[5][6][7] Orwell descreveu seu livro como uma "sátira"[8] e uma exibição das "perversões às quais uma economia centralizada está sujeita", ao mesmo tempo que afirmou acreditar "que algo semelhante poderia acontecer" no mundo real.[8] A Time Magazine incluiu a obra em sua lista dos 100 melhores romances em língua inglesa publicados de 1923 a 2005.[9] O livro também foi incluído na lista dos 100 melhores romances da Modern Library, alcançando o número 13 na lista dos editores e número 6 na lista de leitores.[10] Em 2003, foi listado em oitavo lugar na pesquisa The Big Read da BBC.[11]
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