90377 Sedna

 Nota: Para a deusa inuit, veja Sedna (mitologia).
90377 Sedna ⯲
objeto transnetuniano extremo[1] · objeto separado · sednoide[2] · planeta anão

Sedna vista pelo Telescópio espacial Hubble
Características orbitais[1]
Semieixo maior 524,4 ± 1,0 UA
Periélio 76,0917 ± 0,0087 UA
Afélio 937[3] UA
Excentricidade 0,85491
Período orbital ~11 400 anos[3]
Velocidade orbital média 1,04 km/s
Inclinação 11,92864 °
Argumento do periastro 311,29° ± 0,014°
Longitude do nó ascendente 144,545°
Características físicas
Diâmetro equatorial 995 ± 80[4] km
Massa ~1×1021[nota 1] kg
Densidade média 2,0[nota 1] g/cm³
Gravidade equatorial ~0,03 g
Período de rotação 0,42 d (10,3 h ± 30%)[1][5]
Velocidade de escape ~0,518 km/s
Albedo 0,32 ± 0,06[4]
Temperatura média: ~12 K / -261,2 ºC
Magnitude aparente 21,1[6]
20,5 (perélio)[7]
Magnitude absoluta 1,83 ± 0,05[4]

Sedna, formalmente designado 90377 Sedna (símbolo: ⯲),[8] é um planeta anão descoberto em 2003, que desde 2012 está cerca de três vezes mais longe do Sol que Netuno. Sua órbita é extremamente excêntrica, com um afélio de cerca de 937 UA (31 vezes a distância de Netuno), tornando-o um dos objetos mais distantes conhecidos no Sistema Solar além de cometas de longo período.[nota 2][nota 3]

Com aproximadamente 1 000 quilômetros de diâmetro, os astrônomos geralmente consideram Sedna um planeta anão.[11][12][13][14] Porém, sua grande distância do Sol dificulta a determinação de sua massa e sua forma, então não se sabe se está em equilíbrio hidrostático. Análises espectroscópicas revelaram que a composição da superfície de Sedna é parecida à de outros objetos transnetunianos, sendo principalmente uma mistura de gelo de água, metano e nitrogênio com tolinas, semelhantes aos de alguns outros objetos transnetunianos. Sua superfície é uma das mais vermelhas entre os objetos do Sistema Solar. Sedna, dentro das incertezas estimadas, está empatado com Ceres como o maior planetóide conhecido por não ter um satélite natural.

A órbita de Sedna é uma das maiores do Sistema Solar além das dos cometas de longo período, com seu afélio (maior distância do Sol) estimado em 937 unidades astronômicas (UA).[3] Isso é 31 vezes a distância de Netuno ao Sol, e bem além da porção mais próxima da heliopausa, que define o limite externo do espaço interplanetário. Em 2022, Sedna estava perto do periélio, seu ponto mais próxima do Sol, a uma distância de 84 UA, quase três vezes mais longe que Netuno. Os planetas anões Éris e Gonggong estão atualmente mais longe do Sol do que Sedna. Uma missão exploratória de sobrevoo para Sedna no periélio poderia ser concluída em 24,5 anos usando a assistência da gravidade de Júpiter.

A órbita excepcionalmente alongada de Sedna, com um período orbital de cerca de 11 400 anos e um periélio de 76 UA, tem criado muitas teorias sobre sua origem. A União Astronômica Internacional inicialmente considerou Sedna um membro do disco disperso, um grupo de objetos enviados em órbitas altamente alongadas pela influência gravitacional de Netuno. No entanto, vários astrônomos contestaram essa classificação, porque seu periélio é muito grande para ter sido espalhado por qualquer um dos planetas conhecidos, o que levou alguns astrônomos a se referirem informalmente a ele como o primeiro membro conhecido da parte interna da nuvem de Oort. Outros especulam que Sedna foi colocado em sua órbita atual por uma ou mais estrelas, possivelmente do aglomerado em que o Sol nasceu, ou até mesmo que foi capturado de outro sistema planetário. Outra hipótese sugere que sua órbita pode ser a evidência de um grande planeta além da órbita de Netuno. O astrônomo Michael E. Brown, o codescobridor de Sedna e dos planetas anões Éris, Haumea e Makemake, acredita que Sedna é cientificamente o objeto transnetuniano mais importante já descoberto, pois o entendimento de sua órbita anormal provavelmente vai fornecer informações valiosas sobre a origem e evolução do Sistema Solar.[15] Sedna é o protótipo de uma nova classe de objetos orbitais, os sednoides, que incluem 2012 VP113 e Leleākūhonua.

  1. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome jpldata
  2. Buie, Marc W. (22 de novembro de 2009). «Orbit Fit and Astrometric record for 90377». Deep Ecliptic Survey. Consultado em 17 de janeiro de 2006 
  3. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome barycenter
  4. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome herschel
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome pr200510
  6. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome AstDys
  7. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Horizons2076
  8. U+2BF2 ⯲. David Faulks (2016) 'Eris and Sedna Symbols,' L2/16-173R, Unicode Technical Committee Document Register.
  9. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Brown Schaller 2007
  10. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome AstDys-Eris
  11. Rabinowitz, David L.; Schaefer, B.; Tourtellotte, S.; Schaefer, M. (maio de 2011). «SMARTS Studies of the Composition and Structure of Dwarf Planets». Bulletin of the American Astronomical Society. 43. Bibcode:2011AAS...21820401R 
  12. Malhotra, Renu (maio de 2009). «On the Importance of a Few Dwarf Planets». Bulletin of the American Astronomical Society. 41: 740. Bibcode:2009AAS...21423704M 
  13. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Brown-dplist
  14. Grundy, W. M.; Noll, K. S.; Buie, M. W.; Benecchi, S. D.; Ragozzine, D.; Roe, H. G. (dezembro de 2019). «The mutual orbit, mass, and density of transneptunian binary Gǃkúnǁʼhòmdímà ((229762) 2007 UK126 (PDF). Icarus. 334: 30–38. doi:10.1016/j.icarus.2018.12.037. Cópia arquivada (PDF) em 7 de abril de 2019 
  15. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome fussman


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