Abbott Lawrence Lowell

Abbott Lawrence Lowell

Abott Lawrence Lowell por John Singer Sargent

Funções
Presidente da Universidade Harvard
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Presidente
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Biografia
Nascimento
Morte
Sepultamento
Cidadania
Alma mater
Harvard Law School
Harvard College (en)
Noble and Greenough School (en)
Atividades
Pai
Augustus Lowell (en)
Mãe
Katherine Bigelow Lawrence (d)
Irmãos
Percival Lowell
Katherine Lowell (d)
Amy Lowell
Elizabeth Lowell Putnam (en)
Cônjuge
Anna Parker Lowell (d)
Outras informações
Partido político
Membro de
Distinções

Abbott Lawrence Lowell (Boston, 13 de dezembro de 1856 — Boston, 6 de janeiro de 1943) foi um educador e jurisconsulto americano. Foi Presidente da Universidade Harvard de 1909 a 1933.

Com um "senso aristocrático de missão e autoconfiança",[1] Lowell desempenhou importante papel no sistema educacional dos Estados Unidos e até certo ponto também na vida pública. A Universidade Harvard, durante seus anos como presidente, desfrutou de notável expansão em termos de tamanho de sua infraestrutura física, seu corpo discente, e sua dotação orçamentária. Sua reforma do ensino de graduação criou o sistema de habilitação principal (academic major ou major concentration) em uma disciplina particular, que se tornou o padrão na educação americana.

Sua contínua fama no meio educacional derivou principalmente de sua insistência na integração das classes sociais em Harvard e em impedir que estudantes mais abastados vivessem apartados de seus pares menos ricos, uma posição pela qual ele foi por vezes chamado de "traidor de sua classe".[2] Reconheceu também a obrigação da universidade em servir à comunidade adjacente, particularmente disponibilizando cursos e graduações universitárias para professores locais. Tinha uma visão progressista em relação a certas questões públicas. Demonstrou seu apoio franco à liberdade acadêmica durante a Primeira Guerra Mundial e desempenhou um papel de destaque ao incitar o público para apoiar a participação americana na Liga das Nações após a guerra.

No entanto, ocorreram dois conflitos públicos, durante seus anos em Harvard, com os quais ele se envolveu por comprometer os princípios básicos de justiça que ele, na sua visão pessoal, entendia ser a missão de Harvard em relação à admissão de estudantes não tradicionais. Num dos casos, ele tentou limitar em 15% do corpo discente a matrícula de judeus. No outro, tentou proibir os estudantes afro-americanos de ocuparem os Freshman Halls (dormitórios destinados aos calouros) enquanto todos os demais alunos novos de Harvard não estivessem se instalado por lá. Nos dois casos, o Conselho de Supervisores de Harvard decidiu pela aplicação coerente dos princípios liberais e os rejeitaram.

Um historiador resumiu sua personalidade complexa e legado com essas palavras: "Ele desempenhou muitos papéis — o homem rico de gostos simples, o cavalheiro que detestava alunos (tradicionalmente com pais ricos) que em vez de notas negativas recebiam boas notas, o teórico apaixonado pela democracia cuja conduta pessoal era levemente autocrática".[2] A interação dos instintos democráticos e aristocráticos, e especialmente, sua insistência em defender suas posições quando outros as consideravam indefensáveis, o tornaram difícil de ser compreendido pelos seus contemporâneos. Um historiador fez a seguinte pergunta: "Como seria uma forma de consenso em torno de alguém que exasperou seus amigos tão frequentemente quanto ele confundiu os seus inimigos?"[3]

  1. Yeomans, 80
  2. a b Smith, 64
  3. Smith 83

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