Alceu Collares

Alceu Collares
Alceu Collares
Collares em 2004.
32.º Governador do Rio Grande do Sul
Período 15 de março de 1991
a 1º de janeiro de 1995
Vice-governador João Gilberto Lucas Coelho
Antecessor(a) Sinval Guazzelli
Sucessor(a) Antônio Britto
36.º Prefeito de Porto Alegre
Período 1º de janeiro de 1986
a 1º de janeiro de 1989
Vice-prefeito Glênio Peres
Antecessor(a) João Dib
Sucessor(a) Olívio Dutra
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1º de fevereiro de 1999
a 1º de fevereiro de 2007

(2 mandatos consecutivo)
1º de fevereiro de 1971
a 1º de fevereiro de 1983

(3 mandatos consecutivo)
Vereador de Porto Alegre
Período 1964 a 1970
Dados pessoais
Nome completo Alceu de Deus Collares
Nascimento 7 de setembro de 1927
Bagé, Rio Grande do Sul
Morte 24 de dezembro de 2024 (97 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Partido PTB (1959-1965)
MDB (1965-1979)
PDT (1980-2024)
Religião Espírita
Profissão Advogado, servidor público e político

Alceu de Deus Collares (Bagé, 7 de setembro de 1927Porto Alegre, 24 de dezembro de 2024) foi um advogado, servidor público e político brasileiro. Foi Governador do Rio Grande do Sul de 1991 a 1995 e Prefeito de Porto Alegre de 1986 a 1989, sendo o primeiro negro a ocupar ambos os cargos.

Collares nasceu na campanha gaúcha, sendo oriundo de uma família muito pobre. Filho de pais analfabetos, foi alfabetizado na infância, mas deixou de frequentar a escola para vender frutas e assim ajudar no sustento da família. Em 1941, tornou-se carteiro do Correios e Telégrafos. Em 1956, após concluir o ensino secundário, foi aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da UFRGS e se mudou para Porto Alegre, a capital estadual. Lá, trabalhou como telegrafista e professor, graduando-se em Direito em 1961. Nesta época, interessou-se mais ativamente pela política e passou a acompanhar os discursos de Leonel Brizola, o governador gaúcho que futuramente foi seu aliado e colega de partido.

Em 1963, Collares foi eleito para seu primeiro cargo público eletivo, o de vereador de Porto Alegre. Com o golpe de Estado em 1964 e a imposição do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro. Reeleito vereador em 1968, elegeu-se deputado federal em 1970, em sua segunda tentativa, com a segunda maior votação a nível estadual. Na Câmara dos Deputados, defendeu medidas mais duras contra a ditadura militar e defendeu uma maior distribuição de renda. Em 1974 e 1978, reelegeu-se deputado federal com as maiores votações. Em 1980, com o restabelecimento do sistema multipartidário, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), agremiação que ajudou a fundar.

Em 1986, Collares foi eleito prefeito de Porto Alegre no primeiro pleito realizado diretamente desde a ditadura. Em 1990, elegeu-se governador com 61% dos votos, derrotando Nelson Marchezan. No cargo, que exerceu até 1995, criou os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), empreendeu uma reforma administrativa e uma "revolução na educação", que incluiu o "calendário rotativo" e a construção de dezenas de Cieps. Sendo alvo de uma oposição implacável, desistiu de sua candidatura ao Senado em 1994, mas retornou ao Congresso em 1999. Daquele ano até 2007, exerceu o cargo de deputado federal. Em 2006, candidatou-se pela última vez a um cargo público, de governador, mas não obteve sucesso. Desde então, manteve-se ativo politicamente. De 2008 a 2016, integrou o conselho de administração da Usina Hidrelétrica de Itaipu.


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