Aldir Blanc | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Aldir Blanc Mendes |
Nascimento | 2 de setembro de 1946 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF |
Morte | 4 de maio de 2020 (73 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | MPB |
Ocupação | Letrista, compositor e cronista |
Período em atividade | 1963–2020 |
Outras ocupações | Médico |
Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2020) foi um letrista, compositor, cronista e médico brasileiro. Abandonou a profissão de médico para tornar-se compositor, sendo considerado um dos grandes letristas da música brasileira.[1][2][3]
Em 50 anos de atividade como letrista e compositor, foi autor de mais de 600 canções.[4][5] Sua principal parceria se deu com João Bosco, em colaboração que se estendeu pela década de 1970 e parte da década de 1980 e foi considerada como uma das "duplas fundamentais da MPB".[6] Blanc teve cerca de 50 parceiros em sua carreira, destacando-se, além de Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra.[7] Entre seus trabalhos mais notáveis como letrista estão “Bala com Bala”, “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, "O Bêbado e a Equilibrista", “Catavento e Girassol”, “Coração do Agreste” e “Resposta ao Tempo”.
Além de letrista, Blanc foi também cronista, tendo escrito colunas em publicações como as revistas O Pasquim e Bundas e os jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia.[8] Muitas dessas crônicas foram lançadas mais tarde como livros, como são os casos de Rua dos Artistas e arredores, Porta de tinturaria e Vila Isabel, inventário da infância.[9] Apaixonado pelo Vasco da Gama, escreveu - em parceria com José Reinaldo Marques - o livro Vasco - a Cruz do Bacalhau. Ao longo de sua obra, são várias as referências - implícitas ou explícitas - ao Vasco.
Salgueirense boêmio por muitos anos,[10][11] acabou se tornando uma pessoa quase totalmente reclusa em seu apartamento na Muda, no bairro carioca da Tijuca.[4] Segundo o próprio Aldir, sua reclusão era consequência de uma fobia social desenvolvida a partir de um grave acidente de carro, em 1991, que limitara os movimentos da perna esquerda.[12][13] Em 2010, ao descobrir sofrer de diabetes tipo 2 e pressão alta, parou de fumar e consumir álcool.[12][13] Em 2020, dias após ser internado em estado grave com infecção urinária e pneumonia, morreu em decorrência da COVID-19.[14][15] Sua morte foi muito lamentada no meio artístico brasileiro.
Em sua homenagem foi inaugurado o Jardim Aldir Blanc, na Avenida Maracanã esquina com Rua Marechal Trompowski, na Muda Tijuca.[16]
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