Entre os alergénios mais comuns estão o pólen e determinados alimentos, embora os metais e outro tipo de substâncias também possam causar alergias. As causas das reações alérgicas mais graves incluem alguns alimentos, picadas de insetos e determinados medicamentos. O desenvolvimento de doenças alérgicas tem origem em fatores genéticos e ambientais.[3] O mecanismo subjacente envolve a ligação dos anticorpos de imunoglobulina E a um alergénio, os quais se ligam depois a um recetor nos mastócitos ou basófilos, onde acionam a libertação de químicos inflamatórios como a histamina.[14] O diagnóstico tem por base o historial clínico da pessoa. Em alguns casos, pode ser útil a realização de provas de sensibilidade cutânea ou análises ao sangue.[4] No entanto, os resultados positivos nem sempre significam que exista uma alergia significativa à substância em causa.[15]
A exposição a potenciais alergénios no início de vida pode oferecer alguma proteção.[6] Os tratamentos para as alergias incluem evitar a exposição aos alergénios conhecidos e o uso de medicamentos como esteroides e anti-histamínicos.[7] Nas reações mais graves é recomendada a injeção de adrenalina (epinefrina).[8] A imunoterapia com alergénios, que gradualmente expõe a pessoa a quantidades cada vez maiores de alergénios, pode ter utilidade para alguns tipos de alergias, como a rinite alérgica e as reações a picadas de insetos, embora a sua eficácia em alergias alimentares não seja ainda clara.[7]
As alergias são doenças comuns.[9] Nos países desenvolvidos, cerca de 20% das pessoas são afetadas por rinite alérgica,[16] cerca de 6% têm pelo menos uma alergia alimentar,[4][6] e cerca de 20% manifestam dermatite atópica pelo menos uma vez na vida.[17] Dependendo do país, entre 1 e 18% da população tem asma[18][19] e entre 0,05 e 2% tem anafilaxia.[20] A prevalência de muitas doenças alérgicas aparenta estar a aumentar.[8][21] O termo "alergia" foi usado pela primeira vez por Clemens von Pirquet em 1906.[3]
↑Cox L, Williams B, Sicherer S, Oppenheimer J, Sher L, Hamilton R, Golden D (dezembro de 2008). «Pearls and pitfalls of allergy diagnostic testing: report from the American College of Allergy, Asthma and Immunology/American Academy of Allergy, Asthma and Immunology Specific IgE Test Task Force». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 101 (6): 580–92. PMID19119701. doi:10.1016/S1081-1206(10)60220-7
↑Wheatley, LM; Togias, A (29 de janeiro de 2015). «Clinical practice. Allergic rhinitis.». The New England Journal of Medicine. 372 (5): 456–63. PMID25629743. doi:10.1056/NEJMcp1412282
↑Thomsen, SF (2014). «Atopic dermatitis: natural history, diagnosis, and treatment.». ISRN allergy. 2014. 354250 páginas. PMID25006501. doi:10.1155/2014/354250
↑Anandan C, Nurmatov U, van Schayck OC, Sheikh A (fevereiro de 2010). «Is the prevalence of asthma declining? Systematic review of epidemiological studies». Allergy. 65 (2): 152–67. PMID19912154. doi:10.1111/j.1398-9995.2009.02244.x