Alergia alimentar | |
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Urticária nas costas, um dos sintomas mais comuns de alergias | |
Especialidade | Medicina de emergência, alergologia |
Sintomas | Comichão, língua inchada, vómitos, diarreia, urticária, diminuição da pressão arterial[1] |
Início habitual | De minutos a horas após exposição[1] |
Duração | Crónica, algumas podem desaparecer[2] |
Causas | Reação imunitária a alimentos[1] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, deficiência de vitamina D, obesidade, higiene excessiva[1][2] |
Método de diagnóstico | Baseado no historial clínico, dieta de exclusão, prova de sensibilidade cutânea[1][2] |
Condições semelhantes | Intoxicação alimentar, intolerância alimentar, doença celíaca[1] |
Prevenção | Exposição precoce a potenciais alergénios[2][3] |
Tratamento | Evitar os alimentos em questão, ter um plano para casos de exposição, pulseiras de identificação médica[1][2] |
Medicação | Adrenalina (epinefrina)[1] |
Frequência | ~6% (países desenvolvidos)[1][2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | T78.0 |
CID-9 | V15.01-V15.05 |
OMIM | 147050 |
MedlinePlus | 000817 |
eMedicine | med/806 |
MeSH | D005512 |
Leia o aviso médico |
Uma alergia alimentar é uma reação imunitária exagerada a determinado alimento.[1] Os sintomas da reação alérgica podem variar de ligeiros a graves.[1] Entre os sintomas mais comuns estão comichão, língua inchada, vómitos, diarreia, urticária, dor de estômago,[4] dificuldades respiratórias e diminuição da pressão arterial.[1] Os sintomas geralmente manifestam-se de alguns minutos a algumas horas após a exposição ao alergénio.[1] Quando os sintomas são graves, a condição é denominada anafilaxia.[1] As intolerâncias alimentares e a intoxicação alimentar são condições diferentes que não são causadas por uma reação imunitária.[1][5]
Entre os alergénios mais comuns estão o leite de vaca, amendoins, ovos, marisco, peixe, nozes, frutos secos, soja, trigo, arroz e fruta.[1][2][6] As alergias mais comuns variam conforme o país.[1] Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares de alergias, deficiência de vitamina D, obesidade e higiene excessiva.[1][2] As alergias acontecem quando a imunoglobulina E, parte do sistema imunitário do corpo, se liga às moléculas dos alimentos em questão.[1] Geralmente o problema tem origem numa proteína dos alimentos.[2] Esta proteína desencadeia a libertação de químicos inflamatórios pelo corpo, como a histamina.[1] O diagnóstico baseia-se geralmente no historial clínico, podendo ser apoiado por dieta de exclusão, provas de sensibilidade cutânea e análises ao sangue para deteção de anticorpos IgE específicos.[1][2]
A exposição precoce a potenciais alergénios pode oferecer alguma proteção.[2][3] O tratamento da alergia alimentar consistem em evitar o alimento em questão e ter um plano para o caso dessa exposição acontecer.[2] O plano pode incluir a administração de adrenalina (epinefrina) e utilização de pulseiras de alerta médico.[1] Os benefícios da imunoterapia hipossensibilizante para alergias alimentares não são ainda claros, pelo que à data de 2015 não era recomendado.[7] Algumas alergias alimentares durante a infância desaparecem com a idade, incluindo alergia ao leite, ovos e soja. No entanto, geralmente as alergias aos frutos secos e ao marisco permanecem durante toda a vida.[2]
Em países desenvolvidos, entre 4% e 8% das pessoas possui pelo menos uma alergia alimentar.[1][2] As alergias são mais comuns em crianças do que em adultos e a frequência aparenta estar a aumentar.[2] A condição aparenta ser mais comum em crianças do sexo masculino.[2] O desenvolvimento de algumas alergias é mais comum no início de vida, enquanto outras só se desenvolvem mais tarde.[1] Em países desenvolvidos, grande parte da população acreditar ter uma alergia alimentar, quando na realidade não tem.[8][9][10] A declaração da presença de vestígios de alergénios em alimentos é obrigatória em todos os países, com exceção do Brasil.[11][12][13]