Alessandro Valignano

Alessandro Valignano
Alessandro Valignano
Portrett av pater Alessandro Valignano fra 1600-tallet, basert på et portrett fra sent 1500-tall.
Nascimento 15 de fevereiro de 1539
Chieti
Morte 20 de janeiro de 1606 (66 anos)
Macau
Alma mater
Ocupação missionário, escritor, padre
Religião catolicismo

Alessandro ou Alexandre Valignano (em chinês:范礼安 Fàn Lǐ’ān) (Chieti, 15 de Fevereiro de 1539 – Macau, 20 de Janeiro de 1606), foi um missionário jesuíta napolitano que ajudou a supervisionar a introdução do catolicismo no Extremo Oriente, especialmente no Japão.

Valignano juntou-se à Companhia de Jesus em 1566 após se destacar como estudante na Universidade de Pádua. Em 1573 foi enviado como "Visitador" para o Oriente respondendo diretamente ao Superior Geral da Companhia de Jesus. A nomeação de um napolitano para supervisionar a ação missionária jesuíta do Padroado no Império português foi na época bastante controversa, e a sua nacionalidade, bem como a sua política expansionista e estratégia adaptacionista[1], levaram a muitos conflitos com o pessoal da missão.

Em 1580, na sequência da conversão do daimyo Omura Sumitada, pouco antes da perda da independência de Portugal sob a união ibérica, a ordem obteve a administração do porto de Nagasaki. Os Jesuitas sediados em Macau envolveram-se então com os portugueses no próspero comércio nanban para financiar as muitas operações, o que levou ao conflito com Roma. Em 1594 fundou o Colégio de São Paulo (Macau) que se tornaria a base da missionação no oriente, sede dos primeiros sinólogos ocidentais. Defensor da estratégia adaptacionista promoveu a aprendizagem de línguas e culturas orientais, para o que chamou estudiosos como Matteo Ricci, que desenvolveram os primeiros dicionários ocidentais (de português e latim) para japonês e chinês.

Escreveu o livro «Catechismus Christianae Fidei», que foi impresso em Lisboa por António Ribeiro e Manuel da Lira, entre Janeiro e Fevereiro de 1586, e que é uma obra importantíssima na historia da cultura mundial[2].

Notas

Referências

  1. Defendia a adopção pelos jesuítas dos usos orientais - vestuário, linguagem e algumas práticas, ritos e costumes - o que mais tarde resultou na Controvérsia dos ritos na China, um conflito com a visão rígida dos dominicanos, que ditou o fim desta abordagem adaptacionista
  2. Silêncio quebrado, por António Guimarães Pinto e José Miguel Pinto dos Santos, Observador1/10/2017

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Nelliwinne