Alexandre Banza

Alexandre Banza
Ministro de Estado
Período 1 de janeiro de 1966
a abril de 1968
Ministro das Finanças
Período 1 de janeiro de 1966
a abril de 1968
Dados pessoais
Nascimento 10 de outubro de 1932
Morte 12 de abril de 1969 (36 anos)
Campo Kassaï, República Centro-Africana
Partido Movimento para a Evolução Social da África Negra
Profissão Militar, político
Serviço militar
Comandos Campo Kassaï (1965? - 1 de janeiro de 1966)

Alexandre Banza (10 de outubro de 193212 de abril de 1969) foi um oficial militar tenente-Coronel e político da República Centro-Africana. Serviu no exército francês durante a Primeira Guerra da Indochina antes de se juntar às forças armadas da República Centro-Africana. Como comandante da base militar Campo Kassaï em 1965, Banza ajudou Jean-Bédel Bokassa a derrubar o governo do presidente David Dacko. Bokassa recompensou Banza nomeando-o como ministro de Estado e ministro das Finanças do seu no novo governo. Banza rapidamente estabeleceu a reputação do novo regime no exterior e estabeleceu relações diplomáticas com outros países. Em 1967, Bokassa e o seu protegido tiveram uma grande discussão sobre as extravagâncias do presidente. Em abril de 1968, Bokassa removeu Banza do cargo de ministro das finanças. Reconhecendo as tentativas de Bokassa em prejudicar a sua imagem, Banza fez uma série de comentários altamente críticos à maneira como o presidente lidava com o governo. Bokassa respondeu abolindo o cargo de ministro de Estado.

Banza decidiu então realizar um golpe de estado. Ele confidenciou o plano a alguns oficiais militares que esperava que apoiassem a sua tentativa de tomada do poder. Um dos seus confidentes, Jean-Claude Mandaba, entrou em contacto com o presidente e informou-o da data do golpe, 9 de abril de 1969. Horas antes de executar o golpe, Banza foi alvo de uma emboscada por Mandaba e levado diretamente a Bokassa. Este espancou Banza quase até à morte antes de Mandaba sugerir que Banza fosse julgado, pois a imagem do presidente sairia prejudicada se ele fosse simplesmente assassinado. No dia 12 de abril Banza apresentou o seu caso a um tribunal militar, que rapidamente condenou-o à morte por fuzilamento. Terá sido levado para um campo aberto, onde foi executado e enterrado numa cova anónima. Circunstâncias alternativas da morte de Banza foram relatadas na revista Time e no Le Monde. No rescaldo do golpe fracassado, a família, cônjuge e associados próximos de Banza foram todos presos e enviados para a prisão ou deportados. Com Banza eliminado, Bokassa gastou extravagantemente e cercou-se de aduladores.[1]

  1. Titley 1997, p. 44.

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