Arabidopsis thaliana

Como ler uma infocaixa de taxonomiaArabidopsis thaliana

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Arabidopsis
Espécie: A. thaliana
Nome binomial
Arabidopsis thaliana
Distribuição geográfica

O Wikispecies tem informações relacionadas a Arabidopsis thaliana.
Micrografia electrónica de varrimento dum tricoma, um apêndice das folhas de Arabidopsis thaliana, formado por uma única célula.

Arabidopsis thaliana é uma planta com flor, de pequenas dimensões, nativa da Europa e Ásia.[1][2][3][4] É uma planta herbácea da família das Brassicaceae, a que também pertence a mostarda. É um dos organismos modelo para o estudo de genética, em botânica, tendo um papel semelhante ao da drosófila, noutros tipos de pesquisa genética. Foi a primeira planta cujo genoma foi completamente sequenciado.

[5] [6]Principais características:

  • Pequeno porte, podendo ser cultivada em placas de petri;
  • Rápida reprodução, otimizando o seu tempo de estudo;
  • Vasta produção de sementes, reduzindo seu custo de manejo;
  • Curto genoma, possibilitando que sua compreensão e manipulação sejam mais rápidas.

O genoma da Arabidopsis consiste de cinco cromossomas. A sequência final foi publicada em 2000. Com 125 milhões de pares de bases, o seu genoma é relativamente pequeno, se comparado com o das outras espécies vegetais, o que facilita o seu estudo. Entretanto, ainda que muitos dos seus 26 000 genes continuem sem função conhecida, muito se tem feito e descoberto sobre o papel de cada um na fisiologia da espécie, com implicações no conhecimento da genética vegetal no seu todo.

Cientistas da Universidade de Purdue, estudando Arabidopsis, descobriram aquilo que já foi considerado "um caminho paralelo à hereditariedade", ou seja, uma alternativa aos mecanismos conhecidos de reparação do DNA. A partir do estudo de mutações num gene designado por HOTHEAD, cujas consequências eram deformações nos caules e flores, os pesquisadores chegaram à conclusão que as plantas têm "gravadas" versões antigas do seu código genético, pelo menos até à quarta geração antecedente, de forma que qualquer anomalia pode ser corrigida usando este tipo de backup. Existe a hipótese de este "registo" basear-se em RNA.

  1. Germplasm Resources Information Network: Arabidopsis thaliana
  2. Biogeography of Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. (Brassicaceae) Matthias H. Hoffmann, Journal of Biogeography, 29, 125±134, 2002
  3. Arabidopsis thalianaand its wild relatives: a model system for ecology and evolution, Thomas Mitchell-Olds, TRENDS in Ecology & Evolution Vol.16 No.12, pp.693-700 ,December 2001
  4. Molecular Ecology (2000) 9, 2109–2118, Genetic isolation by distance in Arabidopsis thaliana: biogeography and postglacial colonization of Europe Timothy F. Sharbel, Bernhard Haubold And Thomas Mitchell-Olds
  5. Meinke, David W.; Cherry, J. Michael; Dean, Caroline; Rounsley, Steven D.; Koornneef, Maarten (23 de outubro de 1998). «Arabidopsis thaliana : A Model Plant for Genome Analysis». Science (em inglês) (5389): 662–682. ISSN 0036-8075. doi:10.1126/science.282.5389.662. Consultado em 14 de novembro de 2024 
  6. The Arabidopsis Genome Initiative (dezembro de 2000). «Analysis of the genome sequence of the flowering plant Arabidopsis thaliana». Nature (em inglês) (6814): 796–815. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/35048692. Consultado em 14 de novembro de 2024 

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