Arthur Schopenhauer | |
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Nascimento | 22 de fevereiro de 1788 Danzigue, Reino da Prússia |
Morte | 21 de setembro de 1860 (72 anos) Frankfurt, Grão-Ducado de Hesse |
Residência | Gdansk, Hamburgo, Frankfurt am Main |
Sepultamento | Cemitério de Frankfurt am Main |
Cidadania | Reino da Prússia |
Progenitores |
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Cônjuge | Marie Jasmim Astey Schopenhauer (1812–1822) |
Irmão(ã)(s) | Adele Schopenhauer |
Alma mater |
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Ocupação | filósofo |
Empregador(a) | Universidade de Berlim, Universidade Humboldt de Berlim |
Obras destacadas | O Mundo como Vontade e Representação |
Escola/tradição | idealismo alemão, kantismo |
Principais interesses | filosofia, gnosiologia, lógica, retórica, antropologia, psicologia, ética, ética animal, estética, metafísica, religião, mística, eudaimonia e linguagem |
Movimento estético | Irracionalismo |
Instrumento | flauta |
Religião | ateísmo |
Causa da morte | insuficiência respiratória |
Assinatura | |
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de fevereiro de 1788 – Frankfurt, 21 de setembro de 1860) foi um filósofo alemão do século XIX.[1] Ele é mais conhecido pela sua obra principal "O Mundo como Vontade e Representação" (1819), em que ele caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma cega, insaciável e maligna vontade metafísica. A partir do idealismo transcendental de Immanuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos conceitos budistas na metafísica alemã.[1] Foi fortemente influenciado pela leitura dos Upanishads,[2] que foram traduzidas pela primeira vez para o latim por Abraham Hyacinthe Anquetil-Duperron, no início do século XIX.[3]
Misantropo, pessimista, solitário, individualista e crítico ferrenho da sociedade, Schopenhauer considerava o amor apenas como vontade cega e irracional que todos os seres têm de se reproduzir, dando assim continuidade à vida e, por conseguinte, ao sofrimento.[4] A sensação de felicidade que o amor traz é apenas o interrompimento temporário do querer, a fuga de uma dor imposta pela vontade. Para Schopenhauer, somente o sofrimento é positivo, pois se faz sentir com facilidade, enquanto aquilo ao qual chamamos felicidade é negativo, pois é a mera interrupção momentânea da dor ou tédio, sendo estes últimos a condição inerente à existência.[5] Considerava esse impulso de reprodução, esse "gênio da espécie", tão forte como o medo da morte, daí que muitos amantes arriscam a vida e a perdem obedecendo a este desejo. Apesar de ser, nos tempos contemporâneos, mais conhecido pela sua obra magna (O Mundo como Vontade e Representação), foi apenas com a publicação de "Parerga e Paralipomena", no final de 1851, que ficou amplamente conhecido e famoso ainda em vida. Nesta obra o filósofo discorre sobre uma multitude de assuntos que vão desde temas relacionados ao ensino universitário, à escrita, à sociedade em que vive, revê conceitos que outrora defendia e providencia inúmeros conselhos aos leitores sobre como levar uma vida o mais isente de sofrimento possível.