Artrite reumatoide | |
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Mão afetada por estádio avançado de artrite reumatoide. Com os atuais tratamentos, geralmente a doença não progride para este grau de deformação | |
Especialidade | Reumatologia |
Sintomas | Dor, inchaço e sensação de calor nas articulações[1] |
Complicações | Anemia, inflamação em redor dos pulmões, inflamação em redor do coração[1] |
Início habitual | Meia-idade[1] |
Duração | Crónica[1] |
Causas | Desconhecidas[1] |
Método de diagnóstico | Baseados nos sintomas, exames imagiológicos, análises ao sangue[1][2] |
Condições semelhantes | Lúpus eritematoso sistémico, artrite psoriática, fibromialgia[2] |
Medicação | Analgésicos, esteroides, anti-inflamatórios não esteroides, medicamentos antirreumáticos modificadores da doença[1] |
Frequência | 0,5–1% (adultos em países desenvolvidos)[3] |
Mortes | 30 000 (2015)[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | M06.9 |
CID-9 | 714.0 |
CID-11 | 576319925 |
OMIM | 180300 |
DiseasesDB | 11506 |
MedlinePlus | 000431 |
eMedicine | 331715, 1266195, 305417, 401271, 335186, 808419 |
MeSH | D001172 |
Leia o aviso médico |
Artrite reumatoide é uma doença autoimune de longa duração que provoca dor e inflamação nas articulações sinoviais. A dor e rigidez muitas vezes agravam-se a seguir ao descanso. É mais comum nas articulações do pulso e das mãos, afetando geralmente as mesmas articulações dos dois lados do corpo. A doença pode também afetar outras partes do corpo e causar diminuição do número de glóbulos vermelhos, inflamação à volta dos pulmões e inflamação à volta do coração. Pode também verificar-se febre e falta de energia.[1] Muitas vezes os sintomas começam-se a manifestar gradualmente ao longo de semanas ou meses.[2]
Embora a causa de artrite reumatoide não seja ainda clara, acredita-se que tenha origem numa combinação de fatores genéticos e ambientais. O mecanismo subjacente envolve o ataque das articulações por parte do sistema imunitário. Isto causa inflamação e rigidez da membrana sinovial e afeta o osso e cartilagem próximos.[1] O diagnóstico tem por base os sinais e sintomas da pessoa.[2] As radiografias e análises laboratoriais podem apoiar o diagnóstico ou excluir outras doenças com sintomas semelhantes.[1] Entre as doenças com sintomas semelhantes estão o lúpus eritematoso sistémico, artrite psoriática e fibromialgia, entre outras.[2]
O objetivo do tratamento é diminuir a dor, diminuir a inflamação e melhorar a mobilidade geral da pessoa. Podem ser recomendadas medidas como o equilíbrio entre descanso e exercício e o uso de ortóteses ou de outros aparelhos de apoio. São frequentemente prescritos medicamentos para o alívio de sintomas, como analgésicos, esteroides e anti-inflamatórios não esteroides. Para atrasar a progressão da doença pode ser administrado um grupo de medicamentos denominado medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs). Entre este grupo estão medicamentos como a hidroxicloroquina e o metotrexato.[1] Os DMARDs biológicos são usados nos casos em que a doença não responde a outros tratamentos,[3] uma vez que apresentam uma proporção significativa de efeitos adversos.[5] Em algumas situações pode ser necessária cirurgia para reparar, substituir ou fundir articulações.[1] Não há evidências que apoiem a eficácia de maior parte dos tratamentos de medicina alternativa.[6][7]
A artrite reumatoide afeta entre 0,5 e 1% dos adultos nos países desenvolvidos, onde em cada ano entre 5 e 50 por cada 100 000 pessoas desenvolvem a doença.[3] O aparecimento da doença é mais frequente durante a meia idade e prevalência é 2,5 vezes maior entre as mulheres.[1] Em 2013 foi a causa de 38 000 mortes em todo o mundo, um aumento em relação às 28 000 de 1990.[8] A primeira descrição conhecida da doença foi feita em 1800 pelo cirurgião francês Augustin Jacob Landré-Beauvais.[9] O termo artrite reumatoide tem origem nos termos gregos para articulações aquosas e inflamadas.[10]