Augusto Pinochet | |
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Retrato oficial de Pinochet, circa 1974 | |
58.º Presidente do Chile | |
Período | 17 de dezembro de 1974 (oficialmente) a 11 de Março de 1990 |
Antecessor(a) | Salvador Allende |
Sucessor(a) | Patricio Aylwin Azócar |
Senador Vitalício do Chile | |
Período | 11 de Março de 1998 a 4 de Julho de 2002 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Augusto José Ramón Pinochet Ugarte |
Nascimento | 25 de novembro de 1915 Valparaíso, Chile |
Morte | 10 de dezembro de 2006 (91 anos) Santiago do Chile |
Nacionalidade | Chilena |
Cônjuge | María Lucía Hiriart Rodríguez |
Filhos(as) | 5, incluindo Inés Lucía |
Partido | nenhum |
Religião | Igreja Católica |
Profissão | Militar |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Lealdade | Chile |
Serviço/ramo | Exército Chileno |
Anos de serviço | 1931–1998 |
Graduação | Capitão-general |
Augusto José Ramón Pinochet Ugarte (Valparaíso, 25 de novembro de 1915 – Santiago, 10 de dezembro de 2006) foi um general do exército chileno e ditador que governou como presidente do Chile de 1973 a 1990, servindo posteriormente como senador vitalício, cargo que foi criado exclusivamente para ele, por ter sido um ex-governante.[1]
Assumiu o poder total no Chile depois de liderar o golpe militar, apoiado pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 1973, pelo Decreto Lei n.º 806 editado pela junta militar (Conselho do Chile), que foi estabelecida após a deposição do governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende.[2] Seu regime foi marcado por constantes violações de direitos humanos, com mais de 80 000 pessoas sendo presas e outras 30 000 torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas pelo governo Pinochet.[3][4][5]
Enquanto presidente, Pinochet buscou modernizar o país. Seu governo implementou uma política de liberalização econômica, incluindo estabilização da moeda e remoção das tarifas para a indústria local. Também colocou os sindicatos na ilegalidade e privatizou a estrutura de seguridade social e várias empresas estatais. Contando com vários empréstimos externos e as reformas implementadas, o PIB chileno se expandiu consideravelmente e a economia se fortaleceu. Apesar dos progressos, a desigualdade de renda continuou como um problema crônico e os anos 1980 foi um período de altos e baixos para a nação. Ainda assim, no começo da década de 1990, a economia chilena era a mais saudável dentre os países latino-americanos.[6] Enquanto isso, a riqueza pessoal de Pinochet cresceu consideravelmente durante seus anos no poder por meio de dezenas de contas bancárias secretamente mantidas no exterior e participações em imóveis. Mais tarde, ele foi processado por peculato, fraude fiscal e propinas em negócios de armas.[7][8]
Um ícone para a direita e um déspota para a esquerda, seu legado permanece controverso no Chile.[9] O Chile instituiu inúmeras reformas econômicas durante seu governo, mas é muito discutido se as reformas foram as responsáveis pelo êxito da economia chilena.[10] A brutalidade da repressão política e a perseguição a dissidentes trouxe condenação internacional ao ditador. Após deixar a presidência, foi alvo de mais de 300 ações criminais que vão desde casos de corrupção até assassinato.[6]