Ayaan Hirsi Ali Ayaan Hirsi Magan | |
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Ayaan Hirsi Ali, em 2016
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Nome completo | Ayaan Hirsi Magan Isse Guleid Ali Wai’ays Muhammad Ali Umar Osman Mahamud |
Conhecido(a) por | Submission anti-circuncisão anti-mutilação genital feminina anti-lei xaria |
Nascimento | 13 de novembro de 1969 (55 anos) Mogadíscio, Somália |
Nacionalidade | Somali |
Cidadania | neerlandesa norte-americana |
Cônjuge | Niall Ferguson |
Filho(a)(s) | 2 |
Ocupação | Política e escritora |
Principais trabalhos | Infidel: My Life |
Religião | Cristianismo |
Ayaan Hirsi Ali (nascida Ayaan Hirsi Magan; Mogadíscio, Somália, 13 de novembro de 1969) é uma ativista, escritora, política e cristã somali-holandesa-americana, que é conhecida por seus pontos de vista críticos do Islão e defesa dos direitos e da autodeterminação das mulheres muçulmanas, opondo-se activamente aos casamentos forçados, crimes de "honra", casamentos infantis, e mutilação genital feminina. Filha do político somali e líder da oposição Hirsi Magan Isse, ela é uma das fundadoras da organização de defesa dos direitos das mulheres AHA Foundation.[1]
Quando tinha oito anos, sua família deixou a Somália para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e acabaram por se instalar no Quênia. Pediu e obteve asilo político nos Países Baixos em 1992, em circunstâncias que mais tarde se tornaram o centro de uma controvérsia política. Em 2003 foi eleita membro da Câmara dos Representantes (câmara baixa do parlamento holandês), representando o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD). Uma crise política em torno do potencial de remoção de sua cidadania holandesa levou à sua renúncia ao parlamento, e levou indiretamente à queda do segundo gabinete Balkenende[2] em 2006.
Hirsi Ali era uma muçulmana devota que abandonou a sua fé e se tornou ateísta,[3] e forte crítica do Islão. Em 2004, ela colaborou, escrevendo o roteiro, numa curta-metragem com Theo Van Gogh, intitulado Submission,[4] um filme que retratava a opressão das mulheres sob a lei islâmica. O filme provocou muitas controvérsias e ameaças de morte. Van Gogh foi assassinado mais tarde naquele ano por Mohammed Bouyeri, um terrorista islâmico marroquino-holandês. Hirsi Ali mantém que "o Islã é parte religião, e parte doutrina político-militar, e a parte que é uma doutrina política contém uma visão de mundo, um sistema de leis e um código moral que é totalmente incompatível com a nossa Constituição, nossas leis, e nosso modo de vida".[5] Tendo anteriormente argumentado que o Islã estava além da reforma,[6] em seu mais recente livro Heretic (2015), ela apela a uma reforma do Islã derrotando os islamistas e apoiando os muçulmanos reformistas. Em 2023, ela anunciou sua conversão ao cristianismo.[7]
Em 2005, ela foi nomeada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.[8] Também recebeu vários prêmios, inclusive um prêmio de liberdade de expressão do jornal dinamarquês Jyllands-Posten, o Prêmio Democracia do Partido Liberal Sueco,[9] e o Prêmio Coragem Moral de compromisso com a resolução de conflitos, ética e cidadania mundial. Em 2006, ela publicou um livro de memórias. A tradução do Inglês em 2007 é intitulado Infiel. Desde 2013[update] Hirsi Ali se tornou companheira da John F. Kennedy School of Government da Universidade Harvard, um membro da The Future of Diplomacy Project at the Belfer Center, e vive nos Estados Unidos.[10] É casada com o historiador britânico e comentarista público Niall Ferguson. Se tornou uma cidadã naturalizada nos Estados Unidos em 25 de abril de 2013.[11]