No folclore eslavo, Baba Yaga (em russo: Баба-яга; romaniz.: Baba-yaga; também chamada Baba Jaga em polonês, jězě em tcheco e eslovaco e Jaga Baba em esloveno) é um ser sobrenatural (ou um trio de irmãs com o mesmo nome) que tem a aparência de uma mulher deformada e/ou feroz e que voa pelos céus montada num almofariz, apagando os rastros que deixa com sua vassoura.[1] Mora no interior da floresta numa casa apoiada sobre pés de galinha (ou apenas sobre um pé, em algumas versões), e cuja fechadura é uma boca cheia de dentes.[1][2] A Baba Yaga pode ajudar ou dificultar aqueles que a encontram ou a procuram. Ela às vezes desempenha um papel maternal, e também tem associações com a vida selvagem da floresta. De acordo com a morfologia folclórica de Vladimir Propp, a Baba Yaga comumente aparece como uma doadora (nos contos de fadas) ou vilã, ou pode ser completamente ambígua. Andreas Johns identifica a Baba Yaga como "uma das figuras mais memoráveis e distintas no folclore europeu eslavo", observa que ela é "enigmática" e muitas vezes exibe uma "ambiguidade surpreendente".[3]
Johns resume Baba Yaga como "uma figura multifacetada, capaz de inspirar pesquisadores a vê-la seja como Nuvem, Luz, Morte, Inverno, Cobra, Pássaro, Pelicano ou Deusa da Terra,[nota 1] ancestral matriarcal totêmica, iniciadora fêmea, mãe fálica, ou imagem arquetípica".[3]
Isaac Bashevis Singer descreveu Baba Yaga com um nariz vermelho arrebitado, narinas largas e ardentes, olhos em chama como carvão em brasa e com cardos a sair do crânio em vez de cabelos. Singer referiu também a existência de babas menores e de pequenos demônios chamados dziads. Ajuda os puros de coração e devora os impuros.
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