Balaiada

Balaiada

Vestígios arquitetônicos no Memorial da Balaiada.
Data 1838-1841
Local Província do Maranhão Província do Maranhão
Desfecho Morte e deportação dos líderes
Reescravização dos escravos que participaram do movimento
Anistia dos revoltosos sobreviventes
Beligerantes
Balaios (vaqueiros, artesãos, lavradores, escravos, mestiços, mulatos, sertanejos, índios e negros) Império do Brasil Império do Brasil
Comandantes
Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (Balaio)
Raimundo Gomes (Cara Preta)
Cosme Bento das Chagas (Negro Cosme)
Luís Alves de Lima e Silva
(Presidente da Província do Maranhão)
Sérgio de Oliveira
João Thomaz Henrique
Souza Pinto Magalhães
Forças
12.000 combatentes Força humana desconhecida

A Balaiada, chamada ainda Guerra dos Bem-te-vis, foi uma revolta popular e social ocorrida no estado brasileiro do Maranhão[1] entre os anos de 1838 e 1841[2] (uma das mais longas e numerosas revoltas, com início em 13 de dezembro de 1838).[3] Os primeiros indícios da revolta ecoaram da então vila da Manga do Iguará, também conhecida simplesmente Manga (atual cidade de Nina Rodrigues), na região do Maranhão oriental.

A rebelião eclodiu como um levante social que visava obter melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.[1] Suas causas estavam na má gestão do governo local, incapaz de evitar que a maioria da população falisse durante a crise do comércio de algodão, e a promulgação da Lei dos Prefeitos que autorizava os presidentes das províncias a nomearem os prefeitos municipais, levando assim os seus “nomes de confiança” ou eles próprios ao poder. Este fato acirrou mais ainda as relações do povo com as instituições governamentais, uma vez que a população naquela época não votava.[4]

A Balaiada terminou oficialmente em 4 de março de 1841, quando o governo imperial conseguiu sufocar a revolta no Maranhão. O conflito foi pacificado após a nomeação do coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) como comandante das forças imperiais. Ele conseguiu restaurar a ordem na região, combinando estratégias de repressão militar e negociações com os líderes revoltosos. Porém, a paz só foi alcançada quando o Imperador do Brasil concedeu anistia geral aos últimos rebeldes.[5]

  1. a b Assunção, Matthias (1 de dezembro de 2008). «Entrevista com o historiador Matthias Röhrig Assunção». Revista Outros Tempos. 5 
  2. Participação na Pacificação do Brasil, A Balaiada no Maranhão 1838-1840 Exército Brasileiro
  3. dos Santos, Sandra. «O SERTÃO MARANHENSE NO CONTEXTO DA BALAIADA: conflitos e contradições» (PDF) 
  4. José Fortes (9 de setembro de 2009). «O Piauí e a Balaiada (1838-1841)». Meionorte. Consultado em 26 de dezembro de 2013 
  5. Janotti, Maria de Lourdes (2005). Balaiada: construção da memória histórica. São Paulo: [s.n.] 

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