Balaiada | |||
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![]() Vestígios arquitetônicos no Memorial da Balaiada. | |||
Data | 1838-1841 | ||
Local | ![]() | ||
Desfecho | Morte e deportação dos líderes Reescravização dos escravos que participaram do movimento Anistia dos revoltosos sobreviventes | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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A Balaiada, chamada ainda Guerra dos Bem-te-vis, foi uma revolta popular e social ocorrida no estado brasileiro do Maranhão[1] entre os anos de 1838 e 1841[2] (uma das mais longas e numerosas revoltas, com início em 13 de dezembro de 1838).[3] Os primeiros indícios da revolta ecoaram da então vila da Manga do Iguará, também conhecida simplesmente Manga (atual cidade de Nina Rodrigues), na região do Maranhão oriental.
A rebelião eclodiu como um levante social que visava obter melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.[1] Suas causas estavam na má gestão do governo local, incapaz de evitar que a maioria da população falisse durante a crise do comércio de algodão, e a promulgação da Lei dos Prefeitos que autorizava os presidentes das províncias a nomearem os prefeitos municipais, levando assim os seus “nomes de confiança” ou eles próprios ao poder. Este fato acirrou mais ainda as relações do povo com as instituições governamentais, uma vez que a população naquela época não votava.[4]
A Balaiada terminou oficialmente em 4 de março de 1841, quando o governo imperial conseguiu sufocar a revolta no Maranhão. O conflito foi pacificado após a nomeação do coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) como comandante das forças imperiais. Ele conseguiu restaurar a ordem na região, combinando estratégias de repressão militar e negociações com os líderes revoltosos. Porém, a paz só foi alcançada quando o Imperador do Brasil concedeu anistia geral aos últimos rebeldes.[5]