Barba

Exemplo de um homem com barba.

Barba é o conjunto de pêlos que cresce no queixo, nas faces e na frente do pescoço do homem, e mais raramente em mulheres. O estudo da barba é chamado de pogonologia.

Ao longo da história e de diferentes culturas do mundo, aos homens com barba se atribuiu qualidades como sabedoria, potência sexual e status social. Também em determinadas épocas e culturas se atribuiu a ela falta de higiene, refinamento e digna de excêntricos. Em algumas religiões, quem tem barba é considerado importante. Em geral a barba tem textura mais crespa que o cabelo, mesmo em homens de cabelo liso, tendo a mesma cor do cabelo variando em tonalidade, o crescimento da barba surge durante a puberdade devido à ação da testosterona, o hormônio masculino. Fisiologicamente, a função da barba é de aquecer e proteger o rosto mecanicamente, filtrar o ar da respiração, além de funcionar como dimorfismo sexual entre seres humanos.

Também já eram utilizadas desde o começo dos tempos por povos árabes e também tem muito uso por algumas religiões como o islamismo e judaísmo ortodoxo e existem alguns casos onde homens envelhecem sem nunca terem cortado sequer uma vez suas barbas. Em algumas religiões africanas, como a Uotmeit, homens incapazes de crescer barba são dados como impróprios para reprodução.[1]

O crescimento dos pêlos faciais nos homens, de um modo geral, segue um padrão. Os primeiros a crescer são os do lábio superior, em suas duas extremidades (13-16 anos), depois disso eles se espalham para formar um bigode completo (15-17 anos), isso vem acompanhado do surgimento do cavanhaque e pêlos nas laterais, costeletas (16-18 anos), depois disso se dispersam para a frente e para os lados, descendo pelo pescoço para formar uma barba completa (17-19 anos).[2] A barba cresce quase meio milímetro por dia, e segue crescendo ao longo de toda a vida, muito embora possa perder um pouco da densidade e reduzir a velocidade de crescimento em decorrência da andropausa (déficit hormonal do envelhecimento masculino).[3]

Explicações da psicologia evolucionista para a existência de barbas incluem sinalização de maturidade sexual e sinalização de dominância aumentando o tamanho percebido das mandíbulas, e rostos limpos raspados são classificados como menos dominante do que aqueles que possuem barba.[4] Alguns estudiosos afirmam que ainda não está estabelecido se a seleção sexual levando a barba está enraizada na atratividade (seleção inter-sexual) ou dominância (seleção intra-sexual).[5] A barba pode ser explicada como um indicador da condição geral de um macho.[6] A taxa de pilosidade facial parece influenciar atratividade do sexo masculino.[7][8] A presença de uma barba torna o homem vulnerável em brigas, que é claro, por isso, os biólogos têm especulado que deve haver outros benefícios evolucionários que superam o inconveniente.[9]

  1. Barbudo, F. (1996). «A Evolução do Barbudo na escada do SoloQ Internacional.». LolKing.net. 16 (5): 419-420. doi:10.1016/0162-3095(95)00068-2 
  2. «Puberty: Changes for Males | Sutter Health». www.sutterhealth.org. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  3. Capilar, Sandro Salanitri-Especialista em Implante (19 de abril de 2017). «O cabelo cresce quantos centímetros por mês?». Sandro Salanitri: Clinica de Implante de Cabelo. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  4. Puts, D. A. (2010). «Beauty and the beast: Mechanisms of sexual selection in humans». Evolution and Human Behavior. 31 (3): 157–175. doi:10.1016/j.evolhumbehav.2010.02.005 
  5. Dixson, A. F. (2009). Sexual selection and the origins of human mating systems. New York: Oxford University Press. p. 178. ISBN 978-0-19-955943-5 
  6. Thornhill, Randy; Gangestad, Steven W. (1993). «Human facial beauty: Averageness, symmetry, and parasite resistance». Human Nature. 4 (3): 237–269. doi:10.1007/BF02692201 
  7. Barber, N. (1995). «The Evolutionary psychology of physical attractiveness: Sexual selection and human morphology». Ethol Sociobiol. 16 (5): 395–525. doi:10.1016/0162-3095(95)00068-2 
  8. Etcoff, N. (1999). Survival of the Prettiest: The Science of Beauty. New York: Doubleday. ISBN 0-385-47854-2 
  9. Zehavi, A.; Zahavi, A. (1997). The Handicap Principle. New York: Oxford University Press. p. 213. ISBN 0-19-510035-2 

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