Barton Fink

Barton Fink
Barton Fink
Pôster promocional
No Brasil Barton Fink - Delírios de Hollywood
Em Portugal Barton Fink
 Estados Unidos
1991 •  cor •  116 min 
Gênero comédia dramática
policial
Direção Joel Coen
Ethan Coen (não creditado)
Produção Ethan Coen
Joel Coen (não creditado)
Roteiro Joel Coen
Ethan Coen
Elenco John Turturro
John Goodman
Música Carter Burwell
Diretor de fotografia Roger Deakins
Direção de arte Dennis Gassner
Figurino Richard Hornung
Edição Joel Coen
Ethan Coen
(como Roderick Jaynes)
Companhia(s) produtora(s) Circle Films
Working Title Films
Distribuição 20th Century Fox
Lançamento
  • maio de 1991 (1991-05) (Cannes, França)
  • 21 de agosto de 1991 (1991-08-21) (Estados Unidos)
Idioma inglês
Orçamento US$ 9 milhões
Receita US$ 6 153 939

Barton Fink (prt: Barton Fink[1]; bra: Barton Fink - Delírios de Hollywood[2]) é um filme estadunidense de 1991 escrito, dirigido, produzido e editado pelos irmãos Joel e Ethan Coen.

Situado em 1941, é estrelado por John Turturro no papel-título como um jovem dramaturgo de Nova Iorque, que é contratado para escrever roteiros para um estúdio de cinema em Hollywood, mas que passa a sofrer um bloqueio impedindo-o de desenvolver suas ideias. John Goodman interpreta Charlie, o vendedor de seguros que vive ao lado do Hotel Earle. Judy Davis, Michael Lerner, John Mahoney, Tony Shalhoub, Jon Polito e Steve Buscemi completam o elenco. Os irmãos Coen escreveram o roteiro em três semanas, enquanto enfrentavam dificuldades durante a escrita de Miller's Crossing. Logo após terminarem Miller's Crossing, os irmãos Coen começaram a filmar Barton Fink, que teve sua estreia no Festival de Cannes em maio de 1991. Em um alcance raro, Barton Fink ganhou a Palma de Ouro, bem como prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator (Turturro). Apesar de ter sido celebrado quase universalmente pela crítica e indicado a três Oscars, o filme arrecadou pouco mais de seis milhões de dólares nas bilheterias, dois terços do seu orçamento estimado. O processo de escrita e da cultura de produção de entretenimento são dois temas importantes de Barton Fink. O mundo de Hollywood é contrastado com o da Broadway, o filme analisa distinções superficiais entre alta e baixa cultura. Outros temas do filme incluem o fascismo e a Segunda Guerra Mundial, a escravidão e as condições de trabalho nas indústrias criativas, e como se relacionam os intelectuais com "o homem comum". Devido à diversidade de elementos, o filme tem desafiado os esforços de classificação de gênero, sendo diversas vezes referido como um filme noir, um filme de horror, um Künstlerroman, e um filme de amigos.

A abandonada e surreal atmosfera do Hotel Earle foi fundamental para o desenvolvimento da história, e cuidadosa deliberação entrou em seu design. Há um forte contraste entre os aposentos de Fink e os polidos arredores intactos de Hollywood, especialmente a casa de Jack Lipnick. Na parede do quarto de Fink paira uma única imagem de uma mulher na praia, o que capta a atenção de Barton, e a imagem reaparece na cena final do filme. Embora a imagem e outros elementos do filme (incluindo uma misteriosa caixa dada por Charlie a Fink) aparecem carregados de simbolismo, os críticos discordam sobre seus possíveis significados. Os irmãos Coen têm reconhecido alguns elementos simbólicos intencionais, mas negaram uma tentativa de comunicar alguma mensagem holística.

O filme contém alusões a muitos eventos e pessoas reais, principalmente os escritores Clifford Odets e William Faulkner. As personagens de Barton Fink e W. P. Mayhew são amplamente vistas como representações ficcionais desses homens, mas os irmãos Coen salientam diferenças importantes. Eles também admitiram paródias de magnatas do cinema como Louis B. Mayer, mas note que tribulações agonizantes de Fink em Hollywood não são feitas para refletir suas próprias experiências.

Barton Fink foi influenciado por várias obras anteriores, incluindo os filmes de Roman Polanski, particularmente Repulsion (1965) e The Tenant (1976). Outras influências são de The Shining de Stanley Kubrick e Sullivan's Travels de Preston Sturges. O filme contém uma série de alusões literárias de obras de William Shakespeare, John Keats, e Flannery O'Connor. Há também implicações religiosas, incluindo referências ao Livro de Daniel, o rei Nabucodonosor II, e Bate-Seba.

  1. «Barton Fink». SAPO Mag. Portugal: Altice Portugal. Consultado em 27 de abril de 2018 
  2. «Barton Fink - Delírios de Hollywood». Cineplayers. Brasil. Consultado em 3 de dezembro de 2022 

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