Bashar al-Assad بشار الأسد | |
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Assad em 2024. | |
19.º Presidente da Síria | |
Período | 17 de julho de 2000 – 8 de dezembro de 2024 |
Primeiros-ministros | Muhammad Mustafa Mero Muhammad Naji al-Otari Adel Safar Riyad Farid Hijab Omar Ibrahim Ghalawanji Wael Nader al-Halqi Imad Khamis |
Antecessor(a) | Abdul Halim Khaddam (interino) |
Sucessor(a) | Abu Mohammad al-Julani (como chefe de estado; de facto) Vacante (de jure) |
Secretário Regional do Comando do Braço do Partido Socialista Baath Sírio | |
Período | 24 de junho de 2000 – 8 de dezembro de 2024 |
Antecessor(a) | Hafez al-Assad |
Dados pessoais | |
Nome completo | Bashar Hafez al-Assad |
Nascimento | 11 de setembro de 1965 (59 anos) Damasco, Distrito de Damasco Síria |
Progenitores | Mãe: Anisa Makhlouf Pai: Hafez al-Assad |
Alma mater | Universidade de Damasco |
Esposa | Asma al-Assad (c. 2000) |
Filhos(as) | 3 (Hafez, Zein e Karim) |
Partido | Baath |
Religião | Islamismo (Alauísmo) |
Assinatura |
Bashar Hafez al-Assad (Damasco, 11 de setembro de 1965) é um político sírio que foi presidente da Síria e secretário-geral do Partido Baath de 2000 a 2024, quando foi derrubado do poder pela oposição síria após uma guerra civil de quase quatorze anos. Ele ascendeu à presidência após a morte de seu pai, Hafez al-Assad, que governou a Síria por vinte e nove anos. Seu regime foi marcado por constantes abusos de direitos humanos, com seu governo sendo caracterizado como uma ditadura personalista[1][2] sob um estado policial totalitário.[3][4]
Al-Assad formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Damasco em 1988, e começou a exercer a profissão no exército. Quatro anos mais tarde, ele participou de estudos de pós-graduação do Hospital Ocidental Eye, em Londres, especializando-se em oftalmologia. Em 1994, depois de seu irmão mais velho, Bassel al-Assad, ser morto em um acidente de carro, Bashar foi chamado para a Síria para assumir o seu papel como herdeiro aparente. Ele entrou na academia militar, assumiu o comando da ocupação da Síria no Líbano em 1998. Em dezembro de 2000, Assad se casou com Asma al-Assad, nascida Akhras. Al-Assad foi reconfirmado pelo eleitorado nacional como o presidente da Síria em 2000 e 2007, após o Conselho Popular da Síria ter votado para propor o titular de cada vez.[5][6]
Inicialmente visto pela comunidade nacional e internacional como um potencial reformador, essas expectativas cessaram após seu governo reprimir violentamente, entre 2001 e 2002, as manifestações conhecidas como "Primavera de Damasco", onde opositores do regime Assad exigiram transparência e democracia.[7] Uma década depois, ele novamente ordenou uma repressão em massa e cercos militares contra manifestantes pró-oposição em meio a uma violenta guerra civil, no contexto da Primavera Árabe. Posteriormente, a renúncia de al-Assad da presidência foi pedida por grande parte da oposição doméstica sunita do país, pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela União Europeia e pelos Estados membros da Liga Árabe.[8][9] O conflito se arrastou por quase quatorze anos, causando mais de 580 000 mortes, a maioria civis.[10] As forças leais a Assad foram acusadas incontáveis vezes de crimes de guerra.[11][12]
Assad pertence à seita minoritária alauita e seu governo era descrito como secular.[13] Ele foi tachado como ditador por seus oponentes e seu regime recebeu condenação internacional de líderes mundiais, ativistas e jornalistas devido a acusações de violações de direitos humanos.[14][15][16] Em junho de 2014, chegou a ser incluído em uma lista, entregue à Corte Penal Internacional, de funcionários de governos e rebeldes acusados de crimes de guerra.[17] Assad sempre rejeitou as acusações de ter perpetrado crimes contra a humanidade e criticou a intervenção militar estrangeira, liderada nos Estados Unidos, em seu país como uma tentativa de "mudança de regime".[18]
Em novembro de 2024, após quase quatro anos de calmaria na guerra civil, uma coalizão de grupos rebeldes da oposição síria lançaram várias ofensivas pela Síria e assumiram o controle de muitas cidades importantes.[19][20] Em 7 de dezembro de 2024, foi amplamente divulgado que o regime de Assad havia entrado em colapso e que Assad fugiu do país quando os rebeldes tomaram Damasco durante sua rápida campanha pela Síria.[21][22] Assad partiu para o exílio na Rússia após sua derrocada.[23]