Boys Don't Cry | |
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No Brasil | Meninos Não Choram |
Em Portugal | Os Rapazes Não Choram |
![]() 1999 • cor • 118 min | |
Género | drama |
Direção | Kimberly Peirce |
Roteiro | Kimberly Peirce Andy Bienen |
Elenco | Hilary Swank Chloë Sevigny Peter Sarsgaard Brendan Sexton III |
Música | Cliff Eidelman Nathan Larson |
Cinematografia | Jim Denault |
Edição | Tracey Granger Lee Percy |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Boys Don't Cry (bra: Meninos Não Choram[1]; prt: Os Rapazes Não Choram[2][3]) é um filme americano de 1999, do gênero drama biográfico, dirigido por Kimberly Peirce e coescrito por Peirce em parceria com Andy Bienen. O filme é uma dramatização da vida de Brandon Teena (interpretado por Hilary Swank), um homem transexual que tenta descobrir-se e encontrar um amor em Nebraska; contudo, no decorrer dessa busca, acontecem eventos inesperados. Nos papéis coadjuvantes estão Chloë Sevigny (como Lana Tisdel, namorada de Brandon) e Peter Sarsgaard (como John Lotter).
Depois de ter lido o caso enquanto ainda estava na faculdade, Peirce realizou uma extensa pesquisa para criar um roteiro, no qual trabalhou por quase cinco anos; ela também inseriu, no filme, muitos dos diálogos tirados diretamente do arquivo de gravação do documentário The Brandon Teena Story (1998). Durante o processo de seleção para o papel principal, o qual durou três anos, inúmeras atrizes fizeram testes de elenco, tendo sido Swank a escolhida devido à semelhança de sua personalidade com a de Brandon. Apesar de a maioria das personagens terem sido baseadas em pessoas reais, algumas foram criadas.
As filmagens ocorreram entre outubro e novembro de 1998 na região de Dallas, Texas. Os produtores, inicialmente, queriam filmar em Falls City, Nebraska, onde os eventos ocorreram na vida real; no entanto, devido ao baixo orçamento, as gravações tiveram de acontecer no Texas. A fotografia usa iluminação obscura e artificial e foi influenciada por uma variedade de estilos, incluindo o neorrealismo e os filmes de Martin Scorsese, ao passo que a trilha sonora utiliza principalmente música country, blues e rock. Os temas do filme, que foram analisados por muitos acadêmicos, incluem a natureza das relações românticas e platônicas, as causas da violência contra pessoas LGBT, pessoas transgênero e não-binárias, e a relação entre classes sociais, raças e gêneros.
O filme estreou no Festival de Cinema de Nova Iorque em 1.º de outubro de 1999, antes de ter sido exibido em vários outros festivais de cinema. Alvo de controversas, foi inicialmente classificado como NC-17 (Sem crianças abaixo de 17 anos), mas depois foi reclassificado para R (Restrito). Distribuído pela Fox Searchlight Pictures, recebeu um lançamento limitado nos Estados Unidos em 22 de outubro, e apresentou um bom desempenho na bilheteria norte-americana: até maio de 2000, já havia ganhado três vezes a mais do que seu orçamento de dois milhões de dólares. A película foi aclamada por críticos, e muitos classificaram-na como um dos melhores filmes do ano; louvores foram dados à atuação de Swank em especial e à forma como a produção aborda seus temas. No entanto, algumas pessoas que estiveram presentes na vida real de Brandon criticaram Boys Don't Cry por não ter retratado os eventos com precisão. A obra recebeu inúmeras indicações a diversos prêmios, dentre as quais duas ao Oscar 2000 nas categorias de Melhor Atriz (Swank) e Melhor Atriz Coadjuvante (Sevigny), vencendo a primeira. A dupla também foi nomeada aos Prêmios Globo de Ouro 2000, em que Swank ganhou Melhor Atriz - Drama, e aos Prêmios Screen Actors Guild 2000; Swank recebeu ainda uma indicação ao BAFTA de Melhor Atriz e ganhou o Critics Choice, além de outros prêmios.
Em 2019, o filme foi selecionado para preservação no National Film Registry dos Estados Unidos pela Biblioteca do Congresso como sendo "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo".[4][5][6]