Caetano Veloso | |
---|---|
Caetano Veloso em 2022.
| |
Nome completo | Caetano Emanuel Viana Teles Veloso |
Nascimento | 7 de agosto de 1942 (82 anos) Santo Amaro, BA |
Residência | Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Parentesco | Mabel Veloso (irmã) Maria Bethânia (irmã) Roberto Veloso (irmão) |
Filho(a)(s) | 3 |
Ocupação | |
Prêmios | Lista |
Carreira musical | |
Período musical | 1965–presente |
Gênero(s) | |
Instrumento(s) | |
Gravadora(s) |
|
Website | www |
Assinatura | |
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso OMC (Santo Amaro, 7 de agosto de 1942) é um cantor, músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que ultrapassa cinco décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação[1] e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético.[2][3] Embora desde cedo tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, seu "mestre supremo"[4] e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs trilhas de filmes. Em 1967, saiu seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado Tropicalismo,[5] que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime militar e partiu para exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil.
O disco Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock brasileiros, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical (1997) e o disco Livro (1998). Ganhou o Prêmio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes gêneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, manteve a parceria com a Banda Cê, que encerrou-se no disco Abraçaço, de 2012.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 1960, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno".[6] Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e canções em trilhas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polêmicas no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX,[7] sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.[8] Foi eleito pela revista Rolling Stone o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo conjunto da obra[9] e pela mesma revista o 8º maior cantor brasileiro de todos os tempos.[10]