Caipiras

Caipiras
Caipiras de São Paulo em um de seus trajes típicos
População total

desconhecida

Regiões com população significativa
 Brasil
Línguas

Históricas:

Atuais:

Religiões

Predominantes:

Grupos étnicos relacionados
paulistas, judeus,[1] portugueses, espanhóis, caboclos, galegos, neerlandeses, belgas, italianos, alemães, japoneses, brasileiros indígenas e outros.

Os caipiras são um povo originário do estado de São Paulo,[2][3] também distribuídos principalmente entre os estados brasileiros de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná,[4] e historicamente associados à colonização de regiões serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, onde seus descendentes eram denominados birivas.

As áreas por onde a cultura caipira foi introduzida estão informalmente agrupadas em uma única região conhecida como Paulistânia, um conceito cultural e geográfico que começou a ganhar destaque a partir do século XX.[5][6][7][8][9][10]

O termo "caipira" é de origem tupi, foi inicialmente utilizado pelos guaianases, povo indígena que habitava a região do Médio Tietê, como uma forma de denominar os bandeirantes,[11][12] antigos desbravadores que partiam de São Paulo com o objetivo em explorar a sertania em busca de metais preciosos.[13] Entre os primeiros caipiras, havia muitos descendentes de judeus que emigraram de Espanha e Portugal em decorrência da Inquisição,[14][15] constituindo um povo com significativa presença em São Paulo entre os séculos XVI e XVII, estando entre seus principais formadores étnicos.[16]

Durante o período colonial, seu principal mecanismo de comunicação era a língua geral paulista, vindo a ser difundida por outras regiões através das bandeiras;[17] atualmente eles possuem um dialeto próprio de base portuguesa, no qual preservaram-se alguns elementos da língua geral paulista e da língua galaico-portuguesa.[18]

  1. CAMPOS, Judas Tadeu de. A INFLUÊNCIA DOS MARRANOS NO SERTÃO DAS CUTIAS (PDF). [S.l.: s.n.] p. 1 
  2. CANDIDO, Antonio. Caipiradas (PDF). [S.l.: s.n.] p. 171 
  3. (21 de agosto de 2011). «Projeto Agosto Caipira promove cultura popular nas bibliotecas de São Paulo». Acervo. Consultado em 21 de novembro de 2024 
  4. «O território paulistânico: um olhar existencial para além dos mapas antigos» 
  5. DÓRIA, Carlos Alberto. A culinária caipira da Paulistânia. [S.l.: s.n.] p. 69 
  6. CANDIDO, Antonio. Os parceiros do Rio Bonito. [S.l.: s.n.] p. 12 
  7. CARDOSO, Cristina de Lima. Estudos das tradições caipiras em Itapetininga (PDF). [S.l.: s.n.] p. 16 
  8. Victal, Jane; Cordova, Vitor Sartori (8 de maio de 2016). «Territorialidades Caipiras: o ser e a identidade do lugar». ILUMINURAS (41). ISSN 1984-1191. doi:10.22456/1984-1191.64560. Consultado em 7 de março de 2023 
  9. Nascimento, Pablo. «Sons do povo: O caipira, o gaúcho e o sertanejo em suas expressões musicais» 
  10. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. [S.l.: s.n.] 
  11. CARDOSO, Cristina de Lima. Estudos das tradições caipiras em Itapetininga (PDF). [S.l.: s.n.] pp. 39–40 
  12. Zuliani de Macedo, Tairone. As origens e evoluções etimológicas dos termos sertão e sertanejo (PDF). [S.l.: s.n.] p. 5 
  13. LOBO, Esmeralda de Abreu (1939). História do Brasil: Série de Mapas e Quadros Sinóticos (PDF). Rio de Janeiro: [s.n.] p. 40 
  14. «Folha de S.Paulo - Nova história: Bandeirantes tinham origem judaica - 05/09/2004». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 21 de novembro de 2024 
  15. «Famílias que vieram para Goiás nas primeiras levas de bandeirantes eram judeus s». www.uaisites.adm.br. Consultado em 21 de novembro de 2024 
  16. CAMPOS, Judas Tadeu de. A influência dos marranos no sertão das Cutias (PDF). [S.l.: s.n.] 
  17. SILVA PIRES, Cibélia Renada da. «O uso da língua geral e sua restrição na América portuguesa» 
  18. «Dialeto caipira do interior paulista está caindo em desuso, aponta pesquisa». Jornal da USP. 1 de abril de 2022. Consultado em 21 de novembro de 2024 

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