19° Campeonato Mundial de Atletismo World Athletics Championships Budapest 2023 Budapeste 2023 | ||
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Dados | ||
Sede | ![]() | |
Slogan | "Testemunhe a Maravilha" Legyen szemtanúja a csodának | |
Entidade responsável | World Athletics Magyar Atlétikai Szövetség, MASZ | |
Primeira edição | Helsinque 1983 | |
Países participantes | 195 | |
Atletas | 2100 + | |
Eventos | 49 | |
Abertura oficial | Presidente Katalin Novák | |
Estádio principal | Nemzeti Atlétikai Központ | |
Duração | 19 a 27 de agosto de 2023 | |
Site oficial | Budapeste23 | |
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Campeonato Mundial de Atletismo de 2023 (em húngaro: 2023-as atlétikai világbajnokság) foi a 19ª edição do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado entre os dias 19 a 27 de agosto de 2023 em Budapeste, Hungria.[1][2] A cidade húngara já havia declarado interesse em sediar o Campeonato Mundial de 2007, mas desistiu e este acabou sendo realizado em Osaka, Japão.[3] Realizado apenas um ano após o Mundial em Eugene 2022 – este, que deveria ter sido realizado em 2021, foi adiado por um ano devido ao também adiamento dos Jogos de Tóquio 2020 para 2021 devido à pandemia de covid-19 [4]– ele volta a ser bienal com sua realização nos anos anteriores e posteriores aos Jogos Olímpicos de Verão, com o próximo já programado para cidade de Tóquio em 2025.[5]
Um novo sistema de controle de doping foi introduzido, com 50 oficiais de controle de dopagem e 12 especialistas em amostras de sangue e urina, num total de 94 integrantes oficiais e dezenas de voluntários, todos sob o comando da HUNADO ou MACs, o Grupo Anti-Doping da Hungria (Magyar Antidopping Csoport). Assim como em Eugene 2022, devido à invasão russa da Ucrânia os atletas russos e bielorrussos continuam proibidos de competir no evento. [6] Uma nova regra foi introduzida nesta edição. O espaço vago deixado numa raia de corrida por um atleta desclassificado, não será mais deixado vago para a realização da prova, mas preenchido pela atleta com a melhor marca que não tenha conseguido classificação para a aquela largada. Isto passa a ser usado na semifinal ou final; a regra também se aplica a provas de longa distância e de campo, que tem um número específico de participantes.[7] "Youhoo", uma ovelha nativa da Hungria, foi escolhida como a mascote do evento.[8]
Um recorde de mais de 2100 atletas de 195 nações – além de um time de refugiados – competiram em Budapeste e foram assistidos por um público pagante de mais de 400.000 espectadores de 120 países diferentes no estádio. Um recorde mundial e seis recordes do campeonato foram quebrados. O velocista norte-americano Noah Lyles foi o maior vencedor individual com três medalhas de ouro e os Estados Unidos ficaram mais uma vez em primeiro no quadro geral de medalhas com 29, doze delas de ouro. A queniana Faith Kipyegon se tornou a primeira atleta a conquistar medalhas de ouro nos 1500 m e 5 000 m num mesmo Mundial. A Espanha conseguiu um feito inédito ganhando todas as medalhas de ouro disponíveis na marcha atlética, com seus marchadores María Pérez e Álvaro Martín. Pela primeira vez o salto com vara feminino dividiu uma medalha de ouro. A venezuelana Yulimar Rojas se sagrou tetracampeã mundial do salto triplo enquanto a holandesa Femke Bol ganhou duas medalhas de ouro depois de sofrer uma queda na chegada e perder a primeira das três provas que disputou. Esta edição foi a de maior engajamento popular da história do esporte, com cerca de 1 milhão de visitas por dia ao website do campeonato, e com o credenciamento de 1200 funcionários de transmissão de rádios e emissoras de televisão, assim como 850 jornalistas e fotógrafos de 75 países.[9] No Brasil o evento foi transmitido pela SporTV 2 e em Portugal pela RTP2.[10]