Casa de Hohenzollern | |
---|---|
Haus von Hohenzollern (em alemão) | |
Brasão da Casa de Hohenzollern | |
Estado | Reino da Prússia Alemanha Alemanha Roménia Rússia |
Título | Rei da Prússia Imperador Alemão Condes de Zollern Eleitor de Brandemburgo Duque da Prússia Burgrave de Nuremberga Marquês de Ansbach Príncipe de Neuchâtel Príncipe de Hohenzollern-Haigerloch Príncipe de Hohenzollern-Hechingen Rei da Romênia Grão-Duque da Rússia |
Origem | |
Fundador | Frederico I de Nuremberga |
Fundação | Em torno de 1100 |
Etnia | Alemães |
Atual soberano | |
Jorge Frederico da Prússia | |
Último soberano | Guilherme II da Alemanha |
Linhagem secundária | |
Hohenzollern-Sigmaringen Hohenzollern-Hechingen (extinta) Hohenzollern-Haigerloch (extinta) |
A Casa de Hohenzollern (em alemão: Haus von Hohenzollern) foi uma das dinastias mais importantes da história da Alemanha. O nome da família vem do Castelo de Hohenzollern, situado na região da Suábia, sendo associado a um dos ramos mais influentes da nobreza alemã. Desde 1192, o ramo franco da família foi responsável pelos Burgraviato de Nuremberga; em 1415, os Margraves e Eleitores de Brandenburg; em 1525, os Duques da Prússia; e, a partir de 1701, os Reis da Prússia. A dinastia continuou a dominar até 1918, com o título de Imperadores Alemães até o fim do Império Alemão.
A história da família remonta a 1061, quando os nomes Burchardus e Wezil aparecem pela primeira vez na crônica de Berthold von Reichenau, monge beneditino e cronista da Abadia de Reichenau. Atualmente, o ramo mais importante é o brandenburgo-prussiano, que se separou no início do século XIII após a aquisição do título de Burgrave de Nuremberg, tornando-se uma linha com maior influência ao longo do tempo. O chefe da família hoje é Jorge Frederico da Prússia, enquanto o chefe da linha suábia é Karl Friedrich, Príncipe de Hohenzollern. O Castelo de Hohenzollern, situado no topo da montanha de mesmo nome, é de propriedade das duas famílias.[1]
Os Hohenzollern da Suábia foram elevados a condes em 1111, com terras na região de Hechingen. Com a divisão da herança em 1576, surgiram os ramos Hohenzollern-Hechingen, Hohenzollern-Sigmaringen e Hohenzollern-Haigerloch, dos quais apenas o ramo de Sigmaringen sobrevive. Em 1623, os Condes de Hohenzollern-Hechingen e Hohenzollern-Sigmaringen foram elevados ao título de Príncipes do Império. Após a Revolução de 1848, os Hohenzollern desistiram de suas posses territoriais. Em 1850, ambos os principados passaram para o domínio da Prússia. De 1866 a 1947, os membros da Casa de Hohenzollern-Sigmaringen desempenharam papéis importantes, primeiro como príncipes e, mais tarde, como reis da Romênia.[2]
Os Hohenzollern francos governaram a Burgraviato de Nuremberga de 1192 a 1427. Durante esse período, na região, surgiram os Margraviados de Ansbach e Kulmbach, que permaneceram sob o controle dos Hohenzollern até o início do século XIX. A ascensão política da família começou em 1415, quando o Burgrave Friedrich VI recebeu o título de Margrave de Brandenburgo do rei Sigismundo, o que lhe deu o direito de eleger o rei romano-germânico.[3]
Além do ramo de Brandenburgp, existiam também os ramos de Ansbach e Kulmbach, que se formaram a partir da linha franca. O último Grão-Mestre da Ordem Teutônica na Prússia era da linha de Ansbach, e foi ele quem secularizou o Estado da Ordem Teutônica, transformando-o no Duque da Prússia em 1525. Em 1618, a Prússia foi incorporada à linha de Brandenburgo, que passou a governá-la em união pessoal com o Margraviado de Brandenburgo.[3]
Quando Frederico III de Brandenburgo foi coroado Rei da Prússia em 1701, o Duque da Prússia foi elevado ao status de reino, e o nome Prússia passou a ser associado a todos os domínios da família Hohenzollern, consolidando o Estado da Prússia. Sob o comando de Frederico II, a Prússia se tornou uma potência europeia, especialmente após as vitórias nas Guerras Silesianas e na Guerra dos Sete Anos. No entanto, foi após a Guerra Austro-Prussiana de 1866 e a Guerra Franco-Prussiana, de 1870-71 que a Prússia se tornou a potência dominante na Alemanha, culminando com a coroação do rei Guilherme I como Imperador do Império Alemão.[3]
A dinastia Hohenzollern-brandenburguense chegou ao fim em 9 de novembro de 1918, com a Revolução de Novembro, quando a República foi proclamada em Berlim, e a República de Weimar foi fundada. O último imperador, Guilherme II, viveu no exílio nos Países Baixos após sua abdicação.[3]