O caso dativo é um caso gramatical geralmente usado para indicar o nome dado a algo. O termo deriva do latim dativus, significando "próprio ao ato de dar". A coisa dada pode ser um objeto tangível — como "um livro" ou "uma caneta" — ou alguma coisa abstrata, intangível, como "uma resposta" ou "uma ajuda". O dativo geralmente marca o objeto indireto de um verbo, embora em alguns casos seja usado para o objeto direto de um verbo diretamente relativo ao ato de dar algo. Em português, equivale aproximadamente ao objeto indireto e ao complemento nominal, embora a língua não tenha um caso dativo propriamente dito. Pode ser representado pelas preposições "a" ou "para", e pelas contrações "ao", "à", "aos", "às".
De modo semelhante, na língua construída esperanto, o dativo também não existe de forma delimitada. Ao invés disso, usa-se a preposição al para assinalar o objeto indireto.
Em certas línguas, o caso dativo assimilou as funções de outros casos já extintos. O dativo indica também a posse no grego clássico, que perdeu os casos locativo e instrumental, assumindo as funções destes. Na língua gaélica escocesa, o caso dativo é usado por substantivos depois de preposições simples e artigo definido. No georgiano, o caso dativo também marca o sujeito da oração em alguns verbos e alguns tempos. Isto também é chamado construção dativa.
O dativo era comum entre as línguas indo-europeias primitivas e sobrevive até hoje nos ramos balto-eslavo e germânico, entre outros. Também subsiste sob formas semelhantes em várias línguas que não são indo-europeias, como na família de línguas uralo-altaica.
Entre as línguas que usam ou usaram o caso dativo estão: