Castro Alves

 Nota: Para outros significados, veja Castro Alves (desambiguação).
Castro Alves

Antônio de Castro Alves
Nome completo Antônio Frederico de Castro Alves
Nascimento 14 de março de 1847[1]
Cachoeira, Bahia, Brasil
Morte 6 de julho de 1871 (24 anos)[1]
Salvador, Bahia, Brasil
Progenitores Mãe: Clélia Brasília da Silva Castro
Pai: Antônio José Alves
Parentesco Silva Castro (avô)

Castro Cerqueira (primo)
Mário Cravo (primo)[2]

Educação Ginásio Baiano
Alma mater Direito do Recife
Direito do Largo de São Francisco
Ocupação poeta
Magnum opus O Navio Negreiro
Espumas Flutuantes
Escola/tradição romantismo
Assinatura
Assinatura de Castro Alves

Antônio Frederico de Castro Alves (Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira,[nota 1] 14 de março de 1847Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro.[10] Escreveu clássicos como Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, que o alçaram à posição de maior entre seus contemporâneos, bem como versos de poemas como "Os Escravos" e "A Cachoeira de Paulo Afonso", além da peça Gonzaga, que lhe valeram epítetos como "poeta dos escravos" e "poeta republicano" por Machado de Assis, ou descrições de ser "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitário", no dizer de Joaquim Nabuco,[10] de ser "o maior poeta brasileiro, lírico e épico", no dizer de Afrânio Peixoto,[10] ou ainda de ser o "apóstolo andante do condoreirismo" e "um talento vulcânico, o mais arrebatado de todos os poetas brasileiros", no dizer de José Marques da Cruz.[11] Integrou o movimento romântico, fazendo parte no país daquilo que os estudiosos chamam de "terceira geração romântica".[12]

Começou sua produção maior aos dezesseis anos de idade, e seus versos de "Os Escravos" foram iniciados aos dezessete (1865), com ampla divulgação no país, onde eram publicados nos jornais e declamados, ajudando a formar a geração que viria a conquistar a abolição. Ao lado de Luís Gama, Nabuco, Ruy Barbosa e José do Patrocínio, destacou-se na campanha abolicionista, "em especial, a figura do grande poeta baiano Castro Alves".[13]

José de Alencar disse dele, quando ainda em vida, que "palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos".[10] Teve por maiores influências os escritores românticos Victor Hugo, Lord Byron, Lamartine, Alfred de Musset e Heinrich Heine.[14]

O historiador Armando Souto Maior disse que o poeta, "como assinala Soares Amora, 'por um lado marca o ponto de chegada da poesia romântica, por outro já anuncia, nalguns processos poéticos, em certas imagens, nas ideias políticas e sociais, o Realismo.' Não obstante, deve ser considerado o maior poeta romântico brasileiro; sua poesia social contra a escravidão galvanizou a sensibilidade da época".[15] Diz Manuel Bandeira que "o único e autêntico condor nesses Andes bombásticos da poesia brasileira foi Castro Alves, criança verdadeiramente sublime, cuja glória se revigora nos dias de hoje pela intenção social que pôs na sua obra".[16]

No dizer de Archimimo Ornelas, "Temos Castro Alves, o revolucionário; Castro Alves, o abolicionista; Castro Alves, o republicano; Castro Alves, o artista; Castro Alves, o paisagista da natureza americana; Castro Alves, o poeta da mocidade; Castro Alves, poeta universal; Castro Alves, o vidente; Castro Alves, o poeta nacional por excelência; enfim, em todas as manifestações humanas poderemos encontrar essa força revolucionária que foi Castro Alves" e, sobretudo, "Castro Alves como o homem que amou e foi amado".[17]

  1. a b «Castro Alves, Cronologia». Projeto Memória. Consultado em 20 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2002 
  2. «Calendário das Artes: 02/03 Mário Cravo». UFBA. 2 de março de 2016. Consultado em 4 de março de 2019. Cópia arquivada em 5 de fevereiro de 2017 
  3. Alves 1944a, p. 11-22, "Introducção".
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  6. Peixoto 1942, p. 2-3, "O Berço".
  7. SEI 2002, p. 27-32
  8. Peixoto 1942, p. 2, "O Berço".
  9. Teixeira 1896, p. 40, "III".
  10. a b c d Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto 
  11. Cruz 1959, pp. 473-474
  12. Campedelli 1999, pp. 76-85
  13. Francisco de Assis Silva; Pedro Ivo de Assis Bastos (1979). História do Brasil. São Paulo: Moderna. 240 páginas 
  14. Ivo 1983, p. 7-11
  15. Maior 1968, pp. 344-345
  16. Bandeira 1967, pp. 81-55
  17. Ornelas 1947, p. 17, "2".


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