Cerco de Dubrovnik | |||
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Guerra de Independência da Croácia | |||
Bombardeio na Cidade Velha, bairro de Dubrovnik
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Data | 1 de outubro de 1991–31 de maio de 1992 (7 meses e 2 dias) | ||
Local | |||
Desfecho | Vitória croata:
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Baixas | |||
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82–88 civis croatas mortos 15 000 refugiados croatas |
O cerco de Dubrovnik foi um confronto militar travado entre o Exército Popular Iugoslavo (JNA) e as forças croatas que defendiam a cidade de Dubrovnik e seus arredores, durante a Guerra de Independência da Croácia. O JNA iniciou o seu avanço em 1 de outubro de 1991 e, no final do mesmo mês, tinha capturado praticamente todos os territórios entre as penínsulas de Pelješac e Prevlaka, situadas na costa do mar Adriático — com exceção de Dubrovnik. O cerco foi acompanhado por um bloqueio da marinha da Iugoslávia. O bombardeio do Exército Popular em Dubrovnik ocorreu em 6 de dezembro de 1991. O bombardeio provocou crítica internacional e tornou-se um desastre de relações públicas para a Sérvia e Montenegro, contribuindo para seu isolamento diplomático e econômico, bem como o reconhecimento internacional da independência da Croácia. Em maio de 1992, o JNA retirou-se para a Bósnia e Herzegovina, e entregou seu equipamento ao recém-formado Exército da República Sérvia (VRS). Durante este tempo, o Exército Croata (HV) atacou do oeste e empurrou o JNA/VRS das áreas a leste de Dubrovnik, tanto na Croácia quanto na Bósnia e Herzegovina, e no final de maio se uniu à unidade de defesa do exército croata na cidade. Os combates entre as tropas croatas e iugoslavas a leste de Dubrovnik foram diminuindo gradualmente.
O cerco resultou na morte de 194 militares croatas, bem como de 82 a 88 civis croatas. O JNA sofreu 165 baixas. Toda a região foi recapturada pelo HV na Operação Tigre e na Batalha de Konavle, no final de 1992. A ofensiva resultou no deslocamento de 15 mil pessoas, principalmente de Konavle, que fugiram para Dubrovnik. Aproximadamente 16 mil refugiados foram evacuados de Dubrovnik pelo mar, e a cidade foi reabastecida por lanchas que passavam pelo bloqueio e um comboio de navios civis. Mais de 11 mil edifícios foram danificados e várias casas, empresas e edifícios públicos foram saqueados ou incendiados.
A operação fazia parte de um plano elaborado pelo JNA com o objetivo de proteger a área de Dubrovnik e, em seguida, prosseguir ao noroeste para se conectar com as tropas do JNA no norte da Dalmácia, a oeste de Herzegovina. A ofensiva foi acompanhada por uma quantidade significativa de propaganda de guerra. Em 2000, o então presidente de Montenegro, Milo Đukanović, pediu desculpas pelo cerco, obtendo uma resposta negativa de seus oponentes políticos e da Sérvia. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) condenou dois oficiais iugoslavos por seus envolvimentos no cerco, entregando um terceiro à Sérvia para julgamento. A acusação do TPII afirmou que a ofensiva tinha como objetivo separar a região de Dubrovnik da Croácia e integrá-la em um estado dominado pelos sérvios por meio da malsucedida proclamação da República de Dubrovnik em 24 de novembro de 1991. Além disso, Montenegro condenou quatro ex-soldados do JNA por abuso de prisioneiros no acampamento Morinj.[a] A Croácia também acusou vários ex-oficiais do JNA ou da Marinha Iugoslava e um ex-líder sérvio da Bósnia por crimes de guerra, mas essas acusações não resultaram em nenhum julgamento.
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