Chemtou شمتو | |
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Túmulos númidas encontrados debaixo do fórum romano de Chemtou | |
![]() Planta das ruínas de Chemtou | |
Localização atual | |
Localização das ruínas de Chemtou no que é atualmente a Tunísia | |
Coordenadas | 36° 29′ 31″ N, 8° 34′ 34″ L |
País | ![]() |
Província | Jendouba |
Próxima de | Jendouba |
Altitude | 175 m |
Área | 0,8 km² |
Dados históricos | |
Fundação | c. Século IV a.C. |
Civilizações | Numídia, Roma |
Notas | |
Site | Predefinição:UL |
Chemtou ou Chimtou (em árabe: شمتو) é um sítio arqueológico no noroeste da Tunísia onde se encontram as ruínas da antiga cidade de Simitthu (ou Simithu ou Simitthus), parte da província romana da África Proconsular.
A povação foi fundada no século IV a.C. pelos Númidas, foi depois romanizada, tendo-se extinguido no século IX ou X. Situada a cerca de 20 km a oeste da cidade de Jendouba, perto da fronteira com a Argélia, encontra-se no cruzamento de duas rotas importantes: a que ligava Cartago a Hipona (atual Annaba) e que ligava Thabraca (atual Tabarka) a Sicca Veneria (atual El Kef). A cidade é conhecida principalmente pelas suas pedreiras, de onde era extraído mármore amarelo (marmor numidicum ou giallo antico), um dos mais preciosos do Império Romano.
As ruínas representam um período de ocupação de 1 500 anos e ocupam mais de 80 hectares que não estão completamente escavados. A primeira escavação foi levada a cabo no final do século XIX. No final dos anos 1960 uma equipa tunisino-alemã realizou várias escavações, que puseram à vista alguns elementos da cidade e uma via que ligava a Thabraca e permitia encaminhar o mármore para o Mediterrâneo. Os vestígios encontrados são típicos das cidades romanas: templos, termas, aqueduto, anfiteatro, além de alojamentos para os operários das pedreiras, cujo número era superior a mil.
Em 2012, o governo da Tunísia propôs a inclusão de dois elementos do sítio para uma futura inclusão na lista do Património Mundial da UNESCO: a necrópole númida, como parte dos mausoléus reais da Numídia, da Mauritânia e monumentos funerários pré-islâmicos,[1] bem como as antigas pedreiras de mármore númida.[2]
Simitthu é uma sé titular da Igreja Católica.