Chun Doo-hwan

Chun Doo-hwan
Chun Doo-hwan
Chun Doo-hwan
5.º Presidente de Coreia do Sul
Período 1 de setembro de 1980
a 25 de fevereiro de 1988
Antecessor(a) Choi Kyu-hah
Sucessor(a) Roh Tae-woo
Dados pessoais
Nascimento 18 de janeiro de 1931
Hapcheon, Coreia do Sul
Morte 23 de novembro de 2021 (90 anos)
Seul
Partido Partido Democrático
Religião Budismo
Profissão político

Chun Doo-hwan (Hapcheon, 18 de janeiro de 1931Seul, 23 de novembro de 2021) foi um político sul-coreano, ditador da Coreia do Sul de 1979 até 1988 e organizador de um golpe de estado em 1980 contra o governo de Choi Gyuha, que ocupou o cargo de primeiro-ministro do país durante o mandato de Park Chung-hee.[1][2][3][4]

Chun tomou o poder após o assassinato do presidente Park Chung Hee em 1979. Park também era um ditador militar, tendo governado desde 1961. Chun orquestrou o golpe militar de 12 de dezembro de 1979 e consolidou sua ditadura militar no golpe de 17 de maio de 1980, no qual declarou lei marcial e mais tarde estabeleceu um campo de concentração para "educação purificadora". Ele fundou a Quinta República da Coreia em 3 de março de 1981. Governou sob uma constituição um pouco menos autoritária que a da Quarta República de Park, mas ainda assim detinha amplos poderes executivos e usava violência extrema para mantê-los. Durante seu governo, a economia da Coreia do Sul cresceu em ritmo recorde, alcançando o primeiro superávit comercial do país em 1986.[5] Após o movimento de democratização conhecido como Luta de Junho, em 1987, Chun cedeu e permitiu que a eleição presidencial de dezembro daquele ano fosse livre e aberta, sendo vencida por seu amigo próximo e aliado Roh Tae-woo, que continuou muitas de suas políticas durante seu próprio governo nos anos 1990.[6]

Em 1996, Chun foi condenado pelo Tribunal Superior de Seul por várias acusações, incluindo traição e insurreição, devido ao golpe de 1979 e à declaração ilegal de lei marcial para subjugar a Assembleia Nacional e reprimir o Levante de Gwangju. A condenação foi confirmada pela Suprema Corte em abril do ano seguinte; no entanto, em dezembro, o presidente Kim Young-sam, seguindo o conselho do presidente eleito Kim Dae-jung — que havia sido sentenciado à morte pelo governo de Chun duas décadas antes —, perdoou tanto Chun quanto Roh. Este último havia sido condenado a 17 anos de prisão.[7][8] Chun e Roh foram multados em 203 milhões e 248 milhões de dólares, respectivamente, valores desviados por corrupção durante seus regimes, que em grande parte nunca foram pagos.[9][10]

Nos últimos anos de vida, Chun foi criticado por sua postura inflexível e pela falta de remorso por suas ações como ditador e pelos excessos de seu regime.[2][11] Chun morreu em 23 de novembro de 2021, aos 90 anos, após uma recaída de mieloma.[3]

  1. Borowiec, Steven (29 de novembro de 2015). «South Korea's ex-dictator Chun Doo-hwan tries to keep low profile in his twilight years». Los Angeles Times. Consultado em 28 de março de 2022 
  2. a b Goh, Da-Sol (17 de dezembro de 2019). «Ex-S Korea dictator is belligerently unrepentant». Asia Times. Consultado em 28 de março de 2022 
  3. a b Sang-Hun, Choe (23 de novembro de 2021). «Chun Doo-hwan, Ex-Military Dictator in South Korea, Dies at 90». The New York Times. Consultado em 28 de março de 2022 
  4. «Scars still raw 40 years after dictator crushed South Korea uprising». South China Morning Post (em inglês). 17 de maio de 2020. Consultado em 28 de março de 2022 
  5. Lee Chul-ho (24 de junho de 2021). «On the economy, a saint» 
  6. Hideko Takayama (19 de junho de 2000). «Ghosts Of Cheju». Newsweek. Consultado em 30 de março de 2009 
  7. Mufson, Steven (21 de dezembro de 1997). «Two Jailed Leaders Pardoned in South Korea». Washington Post. Consultado em 28 de março de 2022 
  8. Han, In Sup (2005). «Kwangju and beyond: Coping with past State Atrocities in South Korea». Human Rights Quarterly. 27 (3): 998–1045. ISSN 0275-0392. JSTOR 20069818. doi:10.1353/hrq.2005.0037 
  9. «Hunt for former South Korean tyrant Chun Doo-hwan's HK$1.1b cash stash». South China Morning Post (em inglês). 25 de junho de 2013. Consultado em 28 de março de 2022 
  10. Sang′-Hun, Choe (10 de setembro de 2013). «Family of Former South Korean Dictator to Pay His Fines». The New York Times. Consultado em 28 de março de 2022 
  11. «(3rd LD) Former President Chun stands trial for libel over Gwangju memoirs». Yonhap News Agency (em inglês). 11 de março de 2019. Consultado em 18 de maio de 2020 

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