Chytridiomycota

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChytridiomycota
Chytridiomycotina
Esporângio de um spizellomiceto.
Esporângio de um spizellomiceto.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Fungi
Divisão: Chytridiomycota
Hibbett et al. (2007)
Subdivisão: Chytridiomycotina
Tedersoo et al, 2018[1]
Classes
Parasitas quitrídios de diatomáceas marinhas. (A) Esporângios de quitrídios em Pleurosigma sp. A seta branca indica o poro de descarga operculada. (B) Rizóides (seta branca) estendendo-se para o hospedeiro diatomáceo. (C) Agregados de clorofila localizados nos locais de infeção (setas brancas). (D) e (E) Hospedeiros únicos com múltiplos zoosporângios em diferentes estágios de desenvolvimento. A seta branca no painel (E) destaca os rizoides ramificados. (F) esporângios semelhantes a quitrídios endobióticos dentro da frústula de diatomáceas; barras = 10  μm .[2]
Diatomácea penada (Pennales) de uma lagoa de fusão (melt pond) do Ártico infetada por dois fungos zoosporangiados do grupo dos quitrídios (coloridos com falsa cor vermelha).[3]
Estruturação filogenética dos Fungi.

Chytridiomycota (grego χυτρίδιον; khutrídion; "pequeno pote", alusão à estrutura que contém os zoósporos) é uma divisão do reino Fungi que inclui um largo grupo de organismos zoospóricos heterotróficos, essencialmente aquáticos, informalmente conhecidos por fungos quitrídios, caracterizados por apresentarem paredes celulares quitinosas e apresentarem nutrição por absorção. Os quitrídios são uma das primeiras linhagens de fungos que divergiram, com a participação no reino Fungi demonstrada pela presença de quitina na parede celular, flagelos com chicote posterior, nutrição por absorção, uso de glicogénio como composto de armazenamento de energia e síntese de lisina pela via α-amino-ácido-adípico (AAA).[4][5] Neste agrupamento taxonómico todas as espécies possuem um estágio zoospórico no seu ciclo de vida,[6] sendo o único clado de verdadeiros fungos (Eumycota) que se reproduzem com recurso à formação de zoósporos.[7] A divisão é um táxon monotípico tendo Chytridiomycotina como única subdivisão, repartida por 9 classes.[8] Os quitrídios são sapróbicos, capazes de degradar materiais refratários como quitina e queratina, embora por vezes possam agir como parasitas.[9] Houve um aumento significativo na investigação sobre os quitrídios desde a descoberta de Batrachochytrium dendrobatidis, o agente causal da quitridiomicose.[10][11]

  1. Tedersoo, Sánchez-Ramírez, Kõljalg, Bahram, M.Döring, Schigel, T.W.May, M.Ryberg & Abarenkov, Fungal Diversity 90(1): 148 (2018). [Index Fungorum ID: 554033]
  2. Hassett, B.T.; Gradinger, R. (2016). «Chytrids dominate arctic marine fungal communities». Environ Microbiol. 18 (6): 2001–2009. PMID 26754171. doi:10.1111/1462-2920.13216 
  3. Kilias, Estelle S.; Junges, Leandro; Šupraha, Luka; Leonard, Guy; Metfies, Katja; Richards, Thomas A. (2020). «Chytrid fungi distribution and co-occurrence with diatoms correlate with sea ice melt in the Arctic Ocean». Communications Biology. 3 (1): 183. PMC 7174370Acessível livremente. PMID 32317738. doi:10.1038/s42003-020-0891-7Acessível livremente 
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Alexopoulos
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Kirk2000
  6. Zottarell, Carmen Lidia Amorim Pires. «Contribuição para o conhecimento de Chytridiomycota da "Reserva Biológica de Paranapiacaba", Santo André, SP, Brasil» 
  7. James, Timothy Y. «A molecular phylogeny of the flagellated fungi (Chytridiomycota) and description of a new phylum (Blastocladiomycota)» 
  8. Tedersoo, L., Sánchez-Ramírez, S., Kõljalg, U., Bahram, M., Döring, M., Schigel, D.S., May, T.W., Ryberg, M. & Abarenkov, K. 2018. High-level classification of the Fungi and a tool for evolutionary ecological analyses. Fungal Diversity 90(1): 135–159. DOI: 10.1007/s13225-018-0401-0.
  9. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Sparrow1960
  10. Blackwell, M. (2011). «The Fungi: 1,2,3 … million species?». American Journal of Botany. 98 (3): 426–438. PMID 21613136. doi:10.3732/ajb.1000298 
  11. Longcore, J.E.; Pessier, A.P.; Nichols, D.K. (1999). «Batrachochytirum dendrobatidis gen. et sp. nov., a chytrid pathogenic to amphibians». Mycologia. 91 (2): 219–227. doi:10.1080/00275514.1999.12061011 

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Nelliwinne