O clamor de haro (em francês: clameur de haro, pronúncia em francês: [klamœʁ də aʁo]) é uma proteção jurídica suspensiva, originária do direito medieval da Normandia. Consiste num apelo oral ao senhor e à Deus para que reconheça-se o ilícito e faça-o cessar imediatamente. É uma prática jurídica completamente válida e vigente até os dias de hoje nos sistemas jurídicos das ilhas de Guernsey e Jersey, usualmente empregada em questões de direito real.
Guilherme, o Conquistador, ia ser enterrado; abrira-se a valla, o corpo do «grande barão» estava para descer á terra, quando um homem por nome Asselin sahio do meio da turba e disse em alta voz: Bispos e clerigos, este terreno é meu; o homem por quem rezaes arrancou-m'o á força para aqui construir a sua Egreja; eu não vendi a minha terra, não a cedi, nem a dei; « tenho direito nella », e reclamo-a. « Em nome de Deos » prohibo que o corpo do roubador aqui seja enterrado e que o cubram com a « minha » gleba.
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ignorado (ajuda)