Classe Moltke | |
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![]() O Goeben, a segunda embarcação da classe
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Visão geral | |
Operador(es) | ![]() ![]() ![]() |
Construtor(es) | Blohm & Voss |
Predecessora | SMS Von der Tann |
Sucessora | SMS Seydlitz |
Período de construção | 1908–1912 |
Em serviço | 1911–1950 |
Construídos | 2 |
Características gerais (como construídos) | |
Tipo | Cruzador de batalha |
Deslocamento | 25 400 t (carregado) |
Comprimento | 186,6 m |
Boca | 29,4 m |
Calado | 9,2 m |
Maquinário | 4 turbinas a vapor 24 caldeiras |
Propulsão | 4 hélices |
- | 52 000 cv (38 200 kW) |
Velocidade | 25,5 nós (47,2 km/h) |
Autonomia | 4 120 milhas náuticas a 14 nós (7 630 km a 26 km/h) |
Armamento | 10 canhões de 283 mm 12 canhões de 149 mm 12 canhões de 88 mm 4 tubos de torpedo de 500 mm |
Blindagem | Cinturão: 100 a 270 mm Convés: 25 a 76 mm Torres de artilharia: 180 a 230 mm Casamatas: 150 mm Torre de comando: 350 mm |
Tripulação | 43 oficiais 1 010 marinheiros |
A Classe Moltke foi uma classe de cruzadores de batalha operada inicialmente pela Marinha Imperial Alemã, mas também pela Marinha Otomana e depois pela sucessora Forças Navais Turcas. Era composta pelo SMS Moltke e SMS Goeben. Suas construções começaram em 1908 e 1909 nos estaleiros da Blohm & Voss em Hamburgo, foram lançados ao mar em 1910 e 1911 e comissionados na frota alemã em 1911 e 1912. O projeto dos navios foi muito baseado no predecessor SMS Von der Tann, mas incorporando alguns pequenos melhoramentos como um esquema de blindagem mais pesado e também um poder de fogo maior por meio de uma torre de artilharia principal a mais.
Os cruzadores de batalha da Classe Moltke eram armados com uma bateria principal composta por dez canhões de 283 milímetros montados em cinco torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 186 metros, boca de 29 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado de mais de 25 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 24 caldeiras a carvão que alimentavam quatro conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 25 nós (46 quilômetros por hora). Os navios também eram protegidos por um cinturão principal de blindagem que tinha entre cem e 270 milímetros de espessura.
Os dois navios tiveram inícios de carreira tranquilos que consistiriam principalmente em exercícios de rotina e viagens internacionais. A Primeira Guerra Mundial começou em 1914 e o Goeben atuou durante todo o conflito como parte da Frota de Alto-Mar. Participou da maioria das ações navais alemãs, incluindo várias incursões contra o litoral britânico e as Batalhas de Dogger Bank e Golfo de Riga em 1915, a Batalha da Jutlândia em 1916 e a Operação Albion em 1917. A Alemanha foi derrotada no final de 1918 e o navio internado em Scapa Flow. Ficou no local até ser deliberadamente afundado em meados de 1919, com seus destroços sendo reflutuados em 1927 e depois desmontados.
O Goeben por sua vez estava no Mar Mediterrâneo quando a guerra começou, escapando de uma frota da Marinha Real Britânica e fugindo para Constantinopla. Foi transferido para o Império Otomano e renomeado para Yavuz Sultan Selim, atuando principalmente no Mar Negro em várias operações contra a Marinha Imperial Russa, incluindo na Batalha do Cabo Saric no final de 1914. Ele foi mantido pelo Império Otomano e depois pela sucessora Turquia após o fim da guerra, sendo renomeado para TCG Yavuz em 1936. Seu restante de carreira foi tranquilo e sem incidentes, servindo até ser descomissionado no final de 1950. Permaneceu inativo na reserva até ser desmontado entre 1973 e 1976.