Crise da Crimeia de 2014 foi uma crise político-institucional ocorrida na sequência da revolução ucraniana de 2014, em que o governo do presidente Viktor Yanukovych foi deposto. Trata-se de protestos de milhares[4] de pessoas russas étnicas que se opuseram aos eventos em Kiev e reivindicam laços estreitos ou a integração com a Rússia, além de autonomia expandida ou possível independência da Crimeia.[5] Outros grupos, incluindo os tártaros da Crimeia, têm protestado em apoio a revolução.[6]
Adversários armados das novas autoridades de Kiev (os chamados "Homenzinhos Verdes") tomaram uma série de edifícios importantes na Crimeia, incluindo o edifício do parlamento e dois aeroportos.[7][8] Kiev acusou a Rússia de intervir nos assuntos internos da Ucrânia, enquanto o lado russo negou oficialmente tais alegações.[9] Sob cerco, o Conselho Supremo da Crimeia indeferiu o governo da república autônoma e substituiu o presidente do Conselho de Ministros da Crimeia, Anatolii Mohyliov por Sergey Aksyonov.[10]
As tropas russas estacionadas na Crimeia em acordo bilateral foram reforçadas e dois navios da Frota do Báltico da Rússia violaram as águas ucranianas.[11][12]
Em 1 de março, o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia,[13] na sequência de um pedido de ajuda não-oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov.[13][14] Os Estados Unidos e seus aliados condenaram uma intervenção russa na Crimeia, incentivando a Rússia a retirar-se.[15]
Múltiplos interesses estão direcionados na invasão da Crimeia, sendo elas por parte da Rússia pela extensão de gasodutos e a base militar da Crimeia, cuja localização entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro é estratégica.[16]