Principado de Cutal Cutal • Cotal • Ḵottal • Khuttal • K̲h̲uttalān • Ḵotlān • Ḵatlān • Kuʿ-tut-lo | |||||||||||||
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![]() Mapa de Coração, Transoxiana e Tocaristão no século VIII
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Localização aproximada da capital de Cutal no que é hoje o Tajiquistão | |||||||||||||
Coordenadas aproximadas | |||||||||||||
Região | Tocaristão / Transoxiana | ||||||||||||
Capital | Holboque | ||||||||||||
País atual | Tajiquistão | ||||||||||||
Província | Khatlon | ||||||||||||
Ḵottalān-šāh | |||||||||||||
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Período histórico | Idade Média | ||||||||||||
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Cutal, Khuttal,[1] Cotal, Ḵottal, Ḵottalan[2] ou K̲h̲uttalān,[3] que em poemas em persa e em árabe também é referida com os nomes Ḵotlān e Ḵatlān, e em fontes chinesas como Kuʿ-tut-lo, é uma antiga região histórica da Idade Média, situada na parte superior do vale do rio Oxo (Amu Dária), que atualmente faz parte do Tajiquistão[2] e que corresponde, grosso modo, à província moderna de Khatlon, que constitui o canto sudoeste desse país. Durante grande parte da sua história, se não mesmo durante a maior parte dela, a região foi um principado praticamente independente ou pelo menos bastante autónomo, que foi governado por dinastias locais, tanto antes da chegada do islão à Ásia Central como depois disso.
Situava-se entre os rios Vakhsh e Jaryāb, afluentes do Amu Dária, e o curso superior do Amu Dária, uma área que atualmente é conhecida como Panj. A oeste de Cutal ficavam as províncias de Vakš, Qobāḏiān e Čaḡāniān (Chaganiã) e a leste o curso ainda mais a montante do Amu Dária, que ali corre no sentido nordeste-sudoeste, onde se situavam os distritos de Darvāz e Rāḡ, para além do vale do rio. Há autores que sugerem que Ḵottal está etimologicamente relacionado com Hayṭal, que é o nome pelo qual os heftalitas são referidos em fontes dos primeiros séculos do período islâmico.[2]
Era uma região de pastagens abundantes, famosa pelos seus cavalos. No tempo dos impérios mongol e timúrida, os cavalos de Cutal eram exportados para a China. Nos vales elevados das montanhas Botamã (Bottamān), que separam as bacias do Amu Dária e do Zarafexã, era extraído ouro e prata. Os seus habitantes eram conhecidos pela sua mestria em relação a tudo o que se relacionava com cavalos (ferra, fabrico de selas e outros equipamentos para cavalos, medicina veterinária, etc.). Nas fortalezas viviam cumijis e canjinas, dois povos provavelmente descendentes dos heftalitas turcos pré-islâmicos, conforme o que é relatado por Maomé ibne Amade Alcuarismi (fl. c. 976–997) expressamente em relação aos canjinas. A principal cidade de Cutal era Holboque (Holbok ou Hulbuque), perto da atual Kulob. Outros centros urbanos importantes eram Monk, Halāvand e Nučāra ou Andičārāḡ.[nt 1] [2]
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