Diabetes gestacional | |
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O círculo azul é o símbolo universal para a diabetes[1] | |
Especialidade | Obstetrícia e endocrinologia |
Sintomas | Geralmente imperceptíveis[2] |
Complicações | Pré-eclâmpsia, morte fetal, depressão, aumento do risco de necessitar de uma cesariana[2] |
Início habitual | Mais comum no 3º trimestre da gravidez[2] |
Causas | Insuficiente insulina no contexto de resistência à insulina[2] |
Fatores de risco | Sobrepeso, antecedentes de diabetes gestacional, antecedentes familiares de diabetes do tipo 2, síndrome do ovário policístico[2] |
Método de diagnóstico | Rastreio com análises ao sangue[2] |
Prevenção | Manter peso saudável e exercício físico antes da gravidez[2] |
Tratamento | Dieta diabética, exercício, injeções de insulina[2] |
Frequência | ~6% das gravidezes[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | O24 |
CID-9 | 648.8 |
CID-11 | 1320503631 |
DiseasesDB | 5195 |
MedlinePlus | 000896 |
MeSH | D016640 |
Leia o aviso médico |
Diabetes gestacional é a a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez.[2] A diabetes gestacional geralmente manifesta poucos sintomas. No entanto, aumenta o risco de pré-eclampsia, depressão e necessidade de uma cesariana. Os bebés de mães com diabetes gestacional tratada de forma ineficaz apresentam risco acrescido de macrossomia, de baixos níveis de glicose após o nascimento e de icterícia. Quando não é tratada, a doença pode resultar em nado-morto. A longo prazo, as crianças apresentam maior risco de sobrepeso e de desenvolver diabetes do tipo 2.[2]
A diabetes gestacional é causada pela quantidade insuficiente de insulina no contexto de resistência à insulina. Os fatores de risco incluem ter sobrepeso, ter tido anteriormente diabetes gestacional, história na família de diabetes do tipo 2 e ter síndrome do ovário policístico. O diagnóstico é feito por análises ao sangue.[2] Em pessoas de risco normal, o rastreio é recomendado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação.[2][3] Em pessoas de elevado risco, o rastreio pode ter lugar na primeira consulta pré-natal.[2]
A prevenção consiste em manter um peso saudável e na prática de exercício físico antes da gravidez. A diabetes gestacional pode ser tratada com uma dieta diabética, exercício adequado e possivelmente injeções de insulina.[2] A maior parte das mulheres consegue controlar os níveis de glicose apenas com dieta e exercício. É muitas vezes recomendada a medição da glicose em mulheres afetadas seja realizada quatro vezes ao dia.[3] Após o nascimento, recomenda-se que a amamentação seja iniciada assim que possível.[2]
A diabetes gestacional afeta entre 3 e 9% de todas as gravidezes, dependendo da população estudada.[3] A doença é particularmente comum durante o terceiro trimestre de gravidez.[2] A prevalência varia com a idade. A doença afeta apenas 1% das grávidas com menos de 20 anos de idade, enquanto que afeta 13% das grávidas com mais de 44 anos de idade.[3] Alguns grupos étnicos apresentam maior risco de diabetes gestacional, entre os quais asiáticos, nativos norte-americanos, aborígenes australianos e habitantes das ilhas do Pacífico.[3][2] Em 90% dos casos, após o parto a doença resolve-se por si própria.[2] No entanto, existem vários riscos associados à doença não tratada, incluindo o risco de desenvolver diabetes do tipo 2.[3]