A diabetes é o resultado quer da produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, quer da resposta inadequada das células do corpo à insulina produzida.[10] Existem três tipos principais de diabetes:[1]
A diabetes mellitus tipo 1 resulta da produção de quantidade insuficiente de insulina pelo pâncreas. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes insulino-dependente". As causas são desconhecidas.[1]
A diabetes mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição em que as células do corpo não respondem à insulina de forma adequada.[1] À medida que a doença avança, pode também desenvolver-se insuficiência na produção de insulina.[11] Este tipo era anteriormente denominado "diabetes não insulino-dependente". A principal causa é peso excessivo e falta de exercício físico.[1]
A diabetes gestacional é a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez.[1]
Tanto a prevenção como o tratamento da diabetes consistem em manter uma dieta saudável, praticar regularmente exercício físico, manter um peso normal e abster-se de fumar. Em pessoas com a doença, é importante controlar a pressão arterial e manter a higiene dos pés. A diabetes do tipo 1 deve ser tratada com injeções regulares de insulina.[1] A diabetes do tipo 2 pode ser tratada com medicamentos por via oral como metformina e glibenclamida, com ou sem insulina.[5] Tanto a insulina como alguns medicamentos por via oral podem causar baixos níveis de glicose no sangue.[12] Em pessoas obesas com diabetes do tipo 2, a cirurgia de redução do estômago pode ser uma medida eficaz.[13] A diabetes gestacional geralmente resolve-se por si própria após o nascimento do bebé. No entanto, se não for tratada durante a gravidez pode ser a causa de várias complicações para a mãe e para o bebé.[14]
Estima-se que em 2015 cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo tivessem diabetes.[4] Cerca de 90% dos casos eram diabetes do tipo 2,[15][16] o que corresponde a 8,3% da população adulta.[16] A doença afeta em igual proporção mulheres e homens.[17] Em 2014, a tendência sugeria que a prevalência continuaria a aumentar.[18] A diabetes aumenta pelo menos duas vezes o risco de morte prematura.[1] Entre 2012 e 2015, a diabetes foi a causa de entre 1,5 e 5 milhões de mortes anuais.[4][5] Estima-se que em 2014 o custo económico global da doença tenha sido de 612 mil milhões (bilhões) de dólares.[19]
↑Picot, J; Jones, J; Colquitt, JL; Gospodarevskaya, E; Loveman, E; Baxter, L; Clegg, AJ (setembro de 2009). «The clinical effectiveness and cost-effectiveness of bariatric (weight loss) surgery for obesity: a systematic review and economic evaluation». Health Technology Assessment (Winchester, England). 13 (41): 1–190, 215–357, iii–iv. PMID19726018. doi:10.3310/hta13410
↑Vos T, Flaxman AD, Naghavi M, Lozano R, Michaud C, Ezzati M, Shibuya K, Salomon JA, Abdalla S, Aboyans V, et al. (15 de dezembro de 2012). «Years lived with disability (YLDs) for 1160 sequelae of 289 diseases and injuries 1990–2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010.». Lancet. 380 (9859): 2163–96. PMID23245607. doi:10.1016/S0140-6736(12)61729-2
↑«Annual Report 2014»(PDF). IDF. International Diabetes Federation. Consultado em 13 de julho de 2016. Arquivado do original(PDF) em 17 de outubro de 2016
↑IDF DIABETES ATLAS(PDF) 6th ed. [S.l.]: International Diabetes Federation. 2013. p. 7. ISBN2930229853. Consultado em 19 de agosto de 2016. Arquivado do original(PDF) em 9 de junho de 2014