Dialetologia

A dialetologia (AO1945: dialectologia[1]) (do grego antigo διάλεκτος, dialektos, "fala", "dialeto", e -λογία, -logia) é o estudo da variação geográfica e sociolinguística da língua, ou seja, o estudo científico dos dialetos linguísticos, um campo da sociolinguística que estuda as variações idiomáticas baseadas primordialmente na distribuição geográfica e características associadas. [2] A dialetologia trata de tópicos como a divergência entre dois dialetos locais a partir de um ancestral comum, e sua variação sincrônica, descreve comparativamente os diferentes sistemas ou dialetos em que uma língua se diversifica no espaço e lhe estabelece seus limites.[3] [4]

Nasceu das pesquisas dos neogramáticos que visavam estabelecer as leis fonéticas, e foi concebida de maneira sistemática pelos trabalhos do linguista alemão George Wenker e do francês Jules Gilliéron.[3] [4]

Os dialetólogos preocupam-se primordialmente com as características gramaticais e fonológicas que correspondem a determinadas áreas. Assim, costumam estudar populações que viveram em determinadas regiões por um período de diversas gerações, bem como grupos migratórios que levaram seus idiomas a novas áreas. [2] Entre os conceitos comumente estudados da dialetologia estão o problema da inteligibilidade mútua na definição de línguas e dialetos, as situações de diglossia, na qual dois dialetos são usados para diferentes funções, contínuos dialetais que incluem um determinado número de dialetos parcialmente inteligíveis mutuamente, e o pluricentrismo, no qual aquela que é essencialmente uma única língua, geneticamente, existe na forma de duas ou mais variantes padrão. O folclorista brasileiro Amadeu Amaral é um dos expoentes da Dialetotogia na Língua Portuguesa falada no Brasil [3] [4]

O linguista americano William Labov é um dos mais célebres pesquisadores deste campo. [3] [4] O termo é utilizado por vezes como simples sinônimo de geografia linguística, ou para a descrição de falas tomadas isoladamente, sem referência às falas vizinhas ou da mesma família.[3] [4]

  1. «dialectologia». Infopédia. Consultado em 1 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 1 de dezembro de 2021 
  2. a b Chambers e Trudgill: Dialectology , Barcelona: Viewer Books, 1994.
  3. a b c d e Dubois, Jean. Dicionário de Lingüística, p. 185. 8ª ed., Editora Cultrix, 2007. ISBN 8531601231, 9788531601231.
  4. a b c d e Goebl, H., ed. (1984). Dialetologia . Linguística Quantitativa, vol. 21. Bochum: Brockmeyer. ISBN 3-88339-346-0. Petyt, KM (1980). O Estudo do Dialeto: Uma Introdução à Dialetologia . A biblioteca de idiomas. Londres: A. Deutsch. Stankiewicz, Edward (1957), "Sobre discrição e continuidade na dialetologia estrutural", Word , 13 (1): 44-59, doi : 10.1080/00437956.1957.11659627 Thomas, Alan R. (1967), "Generative phonology in dialectology", Transactions of the Philological Society , 66 (1): 179–203, doi : 10.1111/j.1467-968X.1967.tb00343.x Troike, Rudolph (1970), James, E. (ed.), Competência receptiva, competência produtiva e desempenho. , Série de Monografias da Universidade de Georgetown sobre Línguas e Linguística, vol. 22, págs. 63–74 Weinreich, Uriel (1954). "É possível uma dialetologia estrutural?" (PDF) . Palavra . 10 (2–3): 388–400. doi : 10.1080/00437956.1954.11659535 . Arquivado a partir do original (PDF) em 2016-03-04. Dollinger, Stefan (2015). O Questionário Escrito em Dialetologia Social: História, Teoria, Prática . IMPACTO: Estudos em Linguagem e Sociedade, 40. Amsterdã e Filadélfia: John Benjamins Pub. Companhia

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Nelliwinne