A dieta alcalina descreve um grupo de dietas que se baseiam na noção equívoca de que o consumo de certos tipos de alimentos podem ter um efeito sobre o equilíbrio do pH corporal. A dieta alcalina teve origem em teorias relacionadas com a pesquisa sobre osteoporose, no entanto, a maioria dos defensores da dieta mantêm a crença incorrecta de que certos alimentos podem afectar a acidez (pH) do corpo e que, portanto, podem ser usados para tratar ou prevenir doenças. Devido à falta de evidência credível que sustente o alegado mecanismo desta dieta, ela não é recomendada por nutricionistas ou outros profissionais de saúde,[1][2] embora alguns tenham observado que a ingestão de alimentos não processados, como esta dieta preconiza, pode trazer benefícios de saúde incidentais, sem qualquer relação com a acidez corporal. [3]
A dieta alcalina tem sido promovida por profissionais da medicina alternativa, que alegam que esta trata ou previne o cancro, doenças cardiovasculares, baixos níveis de energia, entre outras doenças. O corpo humano tem mecanismos de regulação da homeostase ácido-base que garantem que, em circunstâncias normais, o sangue humano tenha um valor normal de pH entre os 7,35 e os 7,45. Níveis acima de 7,45 são referidos como alcalose e níveis abaixo de 7,35 como acidose, e ambas são condições potencialmente graves: os mecanismos fisiológicos da regulação ácido-base garantem que isso não aconteça. A suposição de que a dieta possa afectar o pH do sangue com a finalidade de tratar uma série de doenças não é suportada pela investigação científica, e é contrária ao conhecimento de fisiologia humana.[4]
Dietas que evitem carnes, aves, queijo, e leguminosas podem ser utilizados para tornar a urina mais alcalina (pH superior). No entanto, a dificuldade em predizer correctamente os efeitos da dieta em cada pessoa levam a que a medicação, em vez da modificação da dieta, seja o método preferível para alterar o pH da urina. Colocou-se em tempos a hipótese do consumo de alimentos ácidos ser um factor de risco para a osteoporose, mas a evidência científica actualmente disponível não sugere que isto seja credível.[5]