Diocese de Macau Macaonensis | |
---|---|
Localização | |
País | ![]() ![]() |
Arquidiocese metropolitana | Imediatamente sujeita à Santa Sé [1] |
Estatísticas | |
População | 32 427 católicos (em 2022)[2] |
Área | 33 km² |
Informação | |
Rito | Romano[1] |
Criação | 23 de janeiro de 1576 (449 anos)[2] |
Padroeiro(a) | Nossa Senhora da Imaculada Conceição (padroeira principal); São Francisco Xavier e Santa Catarina de Siena[3] |
Governo da diocese | |
Bispo | Stephen Lee Bun-sang |
Bispo emérito | José Lai Hung-seng |
Jurisdição | Diocese |
Página oficial | http://www.catholic.org.mo/ |
A Diocese de Macau (em latim: Dioecesis Macaonensis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Macau, na República Popular da China. Foi erecta pelo Papa Gregório XIII através da bula "Super specula militantis Ecclesiae", a 23 de Janeiro de 1576, seguindo o rito romano.[4] Inicialmente com jurisdição eclesiástica sobre a China, o Japão e as ilhas adjacentes, actualmente a diocese apenas exerce jurisdição sobre o território da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Está dividida em nove paróquias.[5] A sua criação em 1576 confirmou o papel que a então colónia portuguesa de Macau desempenhava como centro de formação e de partida de missionários católicos, nomeadamente jesuítas, para os diferentes países da Ásia, principalmente para a China e o Japão. Anteriormente vinculada ao Padroado português (até 1999) e sufragânea da Arquidiocese de Goa (até 1976), a Diocese de Macau é hoje uma diocese isenta, ou seja, está imediatamente sujeita à Santa Sé.[1][6][7] É independente da hierarquia católica chinesa e da Associação Patriótica Católica Chinesa. Desde 2016, D. Stephen Lee Bun-sang é o Bispo de Macau.[1][8]
Em 2022, a Diocese contava aproximadamente com 32,5 mil católicos (aproximadamente 4,8% da população local).[2] A população católica de Macau é bastante multicultural, sendo principalmente constituída pelas comunidades chinesa (chineses de Macau, chineses de Hong Kong, chineses provenientes da China Continental, etc.), lusófona (portugueses europeus, luso-descendentes de Macau ou macaenses, africanos provenientes dos PALOPs, brasileiros, timorenses, etc.) e anglófona (maioritariamente filipinos). Por isso, as celebrações litúrgicas são habitualmente realizadas em cantonês, português e/ou inglês. O mandarim, o tagalog e o vietnamita também são usados para a celebração regular de algumas Missas.[9] Em 2022, a diocese contava com um bispo, um bispo-emérito, 13 padres diocesanos residentes e 1 padre diocesano que residia fora de Macau, 20 padres especiais, 60 padres regulares e 30 irmãos religiosos, 147 religiosas e 175 missionárias voluntárias.[2] Em 2023, existiam em Macau 10 institutos religiosos masculinos,[10] 16 institutos religiosos femininos[11] e 2 institutos seculares.[12]
A Igreja Católica local possui uma vasta rede de serviços de assistência social e de educação, constituída em 2022 por 22 instituições de serviço social, onde se incluem sete creches; seis sanatórios para idosos; quatro centros de reabilitação para deficientes físicos e mentais; cinco lares para crianças de famílias monoparentais e/ou problemáticas; e 31 estabelecimentos de ensino (incluindo a Universidade de São José), com cerca de 32,3 mil alunos.[2][13] Actualmente, a Diocese dispõe de um seminário, o Seminário de São José, para a formação de novos sacerdotes diocesanos.[14]
A Diocese de Macau tem São Francisco Xavier e Santa Catarina de Siena como santos padroeiros e Nossa Senhora da Imaculada Conceição como padroeira principal.[3] Na cidade de Macau, São João Baptista é também venerado como seu padroeiro, desde a vitória dos portugueses contra os invasores holandeses na Batalha de Macau (em 1622).[15] O lema da diocese é Scientia et Virtus (Ciência e Virtude). A sua catedral é a Igreja da Sé, que, juntamente com a Igreja de S. Lourenço, a Igreja e Seminário de S. José, a Igreja de St. Agostinho, a Igreja de S. Domingos, as Ruínas de S. Paulo, a Igreja de St. António e a Capela de N. Sra. da Guia, foi incluída em 2005 no "Centro Histórico de Macau", que por sua vez está incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.[16][17]