Direitos humanos em Cuba

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Os direitos humanos em Cuba estão sob o escrutínio de organizações de direitos humanos, que acusam o governo cubano de cometer abusos sistemáticos contra o povo cubano, como prisões arbitrárias e julgamentos injustos.[1][2][3] Organizações internacionais, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, chamaram a atenção para os prisioneiros de consciência no país. Além disso, o Comitê Internacional para a Democracia em Cuba liderado pelos ex-estadistas Václav Havel da República Tcheca, José María Aznar da Espanha e Patricio Aylwin do Chile foi criado para apoiar o movimento dissidente cubano.[4]

Foram expressas preocupações sobre o funcionamento do devido processo legal. De acordo com a Human Rights Watch, embora Cuba, oficialmente ateia até 1992, agora "permita maiores oportunidades de expressão religiosa do que nos anos anteriores e tenha permitido a operação de vários grupos humanitários geridos por religiosos, o governo ainda mantém um controle rígido sobre os direitos, instituições, grupos afiliados religioso e crentes individuais".[5] A censura em Cuba também tem estado no centro das reclamações.[6][7] De acordo com o relatório de 2017 da Human Rights Watch, o regime cubano continua a recorrer à detenção arbitrária para assediar e intimidar críticos, ativistas independentes, opositores políticos e outros. Este relatório acrescenta que a Comissão Cubana para os Direitos Humanos e a Reconciliação Nacional, um grupo independente de direitos humanos que não tem autorização oficial e é, portanto, considerado ilegal pelo governo, recebeu mais de 7,9 mil relatos de detenções arbitrárias de janeiro a agosto de 2016, o que representa a maior média mensal de detenções nos últimos seis anos.[8]

O Relatório Anual 2017-2018 da Anistia Internacional também referiu mais detenções arbitrárias, demissões discriminatórias por parte de agências estatais e assédio no trabalho independente com o objetivo de silenciar críticas. No que diz respeito a qualquer progresso na educação, a Anistia Internacional relatou que os avanços no setor foram minados pela censura contínua online e offline. Cuba permaneceu praticamente fechada a observadores independentes dos direitos humanos.[9]

  1. «World Report 2020: Rights Trends in Cuba». Human Rights Watch (em inglês). 6 de dezembro de 2019. Consultado em 23 de fevereiro de 2021 
  2. «Everything you need to know about human rights in Cuba». www.amnesty.org (em inglês). Consultado em 23 de fevereiro de 2021 
  3. «Cuba releases dissidents Felix Navarro and Jose Ferrer». BBC News (em inglês). 23 de março de 2011. Consultado em 23 de fevereiro de 2021 
  4. «Havel hails anti-Castro activists». BBC News. 18 de setembro de 2004. Consultado em 5 de janeiro de 2010 
  5. «Cuba's repressive machinery». Human Rights Watch. 1999 
  6. «Press Freedom Index 2008» (PDF). Reporters Without Borders. 2008. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2009 
  7. «Going online in Cuba: Internet under surveillance» (PDF). Reporters Without Borders. 2006. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2009 
  8. «World Report 2017: Rights Trends in Cuba». Human Rights Watch. 12 de janeiro de 2017 
  9. «Cuba 2017/2018». Amnesty International 

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