Dispositivo de carga acoplada

Um CCD especialmente desenvolvido para uso na obtenção de imagens no ultravioleta

Dispositivo de carga acoplada ou CCD (charge-coupled device) é um sensor semicondutor para captação de imagens formado por um circuito integrado que contém uma matriz de capacitores acoplados. Sob o controle de um circuito externo, cada capacitor pode transferir sua carga elétrica para um outro capacitor vizinho.

Os CCDs são peças de grande destaque na tecnologia de imageamento digital, usados em fotografia digital, imagens de satélites, equipamentos médico-hospitalares (como por exemplo os endoscópios), e na astronomia (particularmente em fotometria, óptica e espectroscopia UV e técnicas de alta velocidade).[1]

A capacidade de resolução ou detalhe da imagem depende do tamanho e número de células fotoelétricas do CCD.[1] Expressa-se este número em pixels. Quanto maior o número de pixels, maior a área que pode ser imageada; quanto menor o tamanho dos pixels maior a resolução da imagem.[1] Atualmente as câmeras fotográficas digitais incorporam CCDs com capacidades de até 160 milhões de pixels, o equivalente a 160 megapixels.

Em um sensor CCD, pixels são representados por capacitores MOS com dopagem do tipo P. A conversão dos elétrons incidentes em cargas elétricas acontece na interface entre o óxido e o semicondutor, e o CCD é então utilizado para leitura destas cargas. Apesar de os CCDs não serem a única tecnologia que permite a detecção de luz, sensores de imagem CCD são largamente usados em aplicações em que imagens de alta qualidade são requeridas. Em aplicações com demandas de qualidade menor, tais como câmeras digitais populares ou profissionais, pixeis de sensores ativos (CMOS) são geralmente utilizados.

Princípio de funcionamento de um CCD: cargas elétricas (elétrons, em azul) são confinadas por barreiras de potencial criadas pela aplicação de tensões positiva às portas (gates - G) do dispositivo CMOS. Aplicando-se a tensão aos gates em sequência adequada tem-se a transferência das cargas ao longo da estrutura.
  1. a b c CID FERNANDES, Roberto; et al. «As ferramentas do Astrônomo» (PDF). 10 páginas. Consultado em 9 de dezembro de 2010 

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