EMD G22U

EMD G22U
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EMD G22U
Locomotiva GM G22U da extinta ALL passando por Irati-PR.
Descrição
Propulsão Diesel-Eletrica
Fabricante EMD e Macosa (sob licença da General Motors)
Número de série 1292-1366 e 1390-1443
Modelo G22U
Ano de fabricação 1971/1972/1973
Locomotivas fabricadas 129
Classificação AAR B-B
Tipo de serviço Misto
Características
Bitola 1000 mm
Tipo de truques Flexicoil B
Diâmetro das rodas 40"
Distância entre eixos 2.438mm
Comprimento 15.493mm
Largura 2.818mm
Altura 3.770mm
Peso da locomotiva 73.000kg
Peso por eixo 18.250kg
Peso aderente 73.000kg
Tipo de combustível Diesel
Capacidade de combustível 4.000l
Capacidade de óleo lubrificante 625l
Capacidade de líquido refrigerante 681l
Capacidade de areia 0,34 m³
Fabricante do motor EMD
Motor primário 12-645E
Limite de RPM 900
Tipo de motor 12 cilindros em V
Aspirado
Cilindradas do motor 10.560cc³ x 12
Gerador D32T
Motores de tração D29 ou D31
Tamanho dos cilindros 9 1/16" (230mm)x10"(254mm)
Tração múltipla Sim
Performance
Velocidade máxima 97km/h
Velocidade mínima 21,7km/h
Potência total 1650hp
Potência disponível para tração 1500hp
Esforço de tração 15.540kgf
Fator de adesão 25%
Raio mínimo de inscrição 59m
Sistema de freio 26L
Operação
Ferrovias Originais RFFSA-11ª divisão
RFFSA-13ª divisão
Ferrovias que operou RFFSA-13ª divisão
RFFSA-11ªdivisão
RFFSA-SR5
RFFSA-SR6, FSA
ALL
FTC
Numeração SIGO 4301-4429
Apelidos Macosas
Local de operação Rio Grande do Sul
Paraná
Santa Catarina
São Paulo
Data de entrega 1971/1972/1973
Ano da entrada em serviço 1972/1973
Proprietário atual Rumo Logística
Situação Muitas unidades operacionais na Rumo Logística

A GM G22U é uma locomotiva projetada pela EMD para ser a sucessora da EMD GM G12 com a substituição do motor 567 pelo 645 em 1966. Possui motor 12-645E aspirado que lhe fornece potência bruta de 1650 HP e 1500 HP (1118Kw) para tração. As 129 unidades que rodam no Brasil foram fabricadas pela Material y Construcciones S.A. (Macosa) da Espanha sob licença da Electro-Motive Diesel durante os primeiros anos da década de 1970. Naquela época o Brasil vivia o "milagre brasileiro", período de grandes investimentos em infra-estrutura. A RFFSA pode então fazer uma grande encomenda de locomotivas para bitola métrica, começando pelas G22U e G22CU, para os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e depois de G26CU para o Rio Grande do Sul. A intenção era de se testar as novas maquinas nas linhas do sul e, após a consolidação operacional, distribuir unidades entre as divisões regionais da ferrovia, o que não aconteceu.

Essas locomotivas tiveram importante papel na região sul do pais, tendo sido por mais de 30 anos usadas na linha Curitiba-Paranaguá, substituindo nos anos 1970 as GE U12B e GM GL8 e GM G12. Foram utilizadas normalmente em triplex, quadras, quinas e até mesmo senas nos tempos da RFFSA, e em tração distribuída já no período concessionado a ALL, sendo que, no ano de 2012 algumas unidades foram dotadas do sistema LOCOTROL, o que permite tração distribuída controlada remotamente via rádio.

Também atendem até os dias presentes o Ramal de Rio Branco do Sul, antiga Estrada de Ferro Norte do Paraná. Nessa linha atualmente operam acopladas a um conjunto M1, isto é, uma locomotiva baixada, que é reformada, recebendo truques Flexcoil-B, motores de tração D31 e operam como unidade de tração alimentada pela potência extra que a G22 é capaz de gerar, pois seu gerador é o mesmo da G22CU, que possui 6 eixos. Duas unidades G22U são conectadas a uma M1, que geralmente fica no meio das unidades alimentadoras. Cada locomotiva é direcionada com a cabine apontada para extremidade, formando um grande conjunto inseparável ao estilo <X - Y - X > , onde X são as G22U e Y a Unidade Lastreada M1. As setas representam a direção das cabines de comando. Tais unidades São chamadas de M1, ou mesmo SLUG.

Trafegam também no Ramal de São Francisco, aonde as curvas apertadas não permitem a circulação de maquinas de maior porte sem grandes reformas das linhas.

No Rio Grande do Sul tiveram atuação durante o período da RFFSA, quando 10 unidades foram destinadas a Viação Férrea Rio Grande do Sul. Com a privatização todas as unidades foram reunidas, e não houve mais distinção dessas máquinas.

Pouco antes da privatização a RFFSA enviou para a Estrada de Ferro Donna Thereza Christina uma unidade, assim como algumas G12 para dieselizar a malha, que até então operava locomotivas a vapor. A unidade que foi enviada era a 4409, que encontra-se até hoje operando pela FTC.

Durante mais de trinta anos de operação sofreram algumas pequenas modificações como criação do passadiço traseiro, aumento da capacidade do tanque de combustível, adaptação para unidade geradora M1, corte das "saias" laterias para melhor acesso as tubulações e cabos elétricos, fechamento de Number-boards e Luzes de Classificação, troca de limpa trilhos, grades dos radiadores, retirada da placa da Macosa e de placa de numeração da lateral da cabine em alto relevo. (acessório não original, incluso pela RFFSA), construção de passadiço traseiro (semelhante ao das G22CU), adaptação para queima de bio-diesel e instalação de freio eletrônico / LOCOTROL.

Atualmente, a ALL está operando as G22U também em parte das linhas da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, em São Paulo, onde as locomotivas jamais haviam circulado na era estatal. Com isso, elas passaram a tracionar os trens de bobinas de aço e cimento que trafegam entre a capital paulista e a Região Sul, substituindo em muitos casos as GE U20C ex-FEPASA.

São conhecidas como o "fusca" das ferrovias brasileiras, devido ao barulho característico do seu motor em alta rotação (semelhante ao motor boxer do Fusca e da Kombi) e por operar em praticamente todas as linhas, com robustez e confiança.

Após 1997 a manutenção destas maquinas precarizou-se, grande parte devido as políticas operacionais das concessionárias que as administraram, causando modificações que descaracterizaram em muito sua aparência estética, partes mecânicas e elétricas. Mesmo assim, mostram-se robustas, pois sofrem diariamente vários incidentes devido a sua manutenção precária, ferrovias de péssima qualidade e técnicos com pouco treinamento no manuseio das mesmas.


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