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Londres (d) |
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A East End de Londres, também conhecida simplesmente por East End, é a área de Londres, Inglaterra, localizada a leste da muralha medieval da Cidade de Londres, e ao norte do rio Tâmisa. Apesar de não ser definida por limites formais universalmente aceitos, o rio Lea pode ser considerado outro limite.[1] Para o propósito de seu livro, East End Past, Richard Tames se refere à área como coincidente com Tower Hamlets: porém, ele reconhece que essa definição exclui partes do sul de Hackney, bem como de Shoreditch e Hoxton, o que muitos considerariam como pertencente a East End.[2] Outros ainda, como Alan Palmer, ampliariam a área até o outro lado do rio Lea para incluir partes de Newham,[3] enquanto que partes de Waltham Forest às vezes também são incluídas. É universalmente aceito, porém, que East End não deve ser confundida com East London, que cobre uma área muito mais ampla.
O uso do termo East End em um sentido pejorativo começou no final do século XIX,[4] quando a expansão da população de Londres levou à extrema superlotação de toda essa área e uma concentração de pobres e imigrantes.[5] Os problemas se agravaram com a construção da St Katharine Docks (1827)[6] e de um terminal da ferrovia central de Londres (1840-1875) que causaram a eliminação de antigas favelas, com muitas das pessoas desalojadas se deslocando para East End. Ao longo de um século, East End se tornou sinônimo de pobreza, doenças, superlotação e criminalidade.[3]
A East End desenvolveu-se rapidamente durante o século XIX. Originalmente era uma área caracterizada por aldeias agrupadas em torno das muralhas da Cidade ou ao longo das estradas principais, cercadas por terrenos agrícolas, com pântanos e pequenas comunidades ao longo do rio, atendendo às necessidades da navegação e da Marinha Real Britânica. Até a chegada das docas formais, as mercadorias eram obrigadas a desembarcar no Pool of London, mas as indústrias relacionadas com a construção, reparos e abastecimento de navios floresceram na área a partir do período Tudor. A área atraiu um grande número de pessoas das áreas rurais à procura de emprego na cidade. Sucessivas ondas de imigração estrangeira iniciadas com os refugiados huguenotes criaram um novo subúrbio extramural em Spitalfields no século XVII.[7] Eles foram seguidos por tecelões irlandeses,[8] judeus asquenazes[9] e, no século XX, bengalis.[10] Muitos desses imigrantes trabalharam na indústria do vestuário. A abundância de mão de obra semi e não qualificada resultou em baixos salários e más condições de vida em toda a East End. Isso chamou a atenção dos reformadores sociais durante meados do século XVIII e levou à formação de sindicatos e associações de trabalhadores no final do século. O radicalismo da East End contribuiu para a formação do Partido Trabalhista e Emmeline Pankhurst liderou campanhas pelo direito do voto feminino na área.
As tentativas oficiais para tratar das superlotações começaram no início do século XX sob a responsabilidade do Conselho do Condado de Londres. A Segunda Guerra Mundial devastou grande parte da East End, com suas docas, ferrovias e indústrias tornando-se um alvo constante de bombardeios, especialmente durante a Blitz, levando à dispersão da população para os novos subúrbios e novas moradias sendo construídas na década de 1950.[3] O fechamento da última doca da East End no Porto de Londres em 1980 criou novos desafios e levou às tentativas de regeneração e formação da London Docklands Development Corporation. A construção do Canary Wharf melhorou a infraestrutura, e o Parque Olímpico[11] significa que East End está passando por novas mudanças, mas algumas partes ainda continuam a conter alguns dos piores índices de pobreza do Reino Unido.[12]