Enquidu | |
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Estátua de Enquidu
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Outro(s) nome(s) | Enquindu, Eabani, Enquita |
Reino | Uruque |
Genealogia | |
Cônjuge(s) | Samate |
Parte de uma série sobre a |
Antiga religião da Mesopotâmia |
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Sete deuses maiores
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Tópicos relacionados |
Enquidu[5] (em sumério: 𒂗𒆠𒆕; romaniz.: EN.KI.DU10[6]; lit. "criação de Enqui") foi uma figura lendária na antiga mitologia mesopotâmica, camarada de guerra e amigo de Gilgamés, rei de Uruque. Suas façanhas foram compostas em poemas sumérios e na Epopeia de Gilgamés, escrita durante o segundo milênio a.C.. Ele é a representação literária mais antiga do homem selvagem, um motivo recorrente nas representações artísticas na Mesopotâmia e na literatura do Antigo Oriente Próximo. A aparição de Enquidu como um homem primitivo parece ser uma inovação da versão Antiga Babilônia (1300–1000 a.C.), visto que ele era originalmente um servo-guerreiro nos poemas sumérios.
Tem havido sugestões de que ele pode ser o "homem-touro" mostrado na arte mesopotâmica, tendo a cabeça, os braços e o corpo de um homem, e os chifres, orelhas, cauda e pernas de um touro.[4] Posteriormente, uma série de interações com humanos e modos humanos o aproximam da civilização, culminando em uma luta corpo-a-corpo com Gilgamés, rei de Uruque. Enquidu incorpora o mundo selvagem ou natural. Embora igual a Gilgamés em força e porte, ele atua de algumas maneiras como uma antítese ao rei guerreiro culto e criado na cidade.[carece de fontes]
Os contos da servidão de Enquidu são narrados em cinco poemas sumérios sobreviventes, evoluindo de um escravo a um camarada próximo pelo último poema, que descreve Enquidu como seu amigo.[7] No épico, Enquidu é criado como rival do rei Gilgamés, que tiraniza seu povo, mas eles se tornam amigos e juntos matam o monstro Humbaba e o Touro do Céu; por causa disso, Enquidu é punido e morre, representando o poderoso herói que morre cedo.[8] A perda profunda e trágica de Enquidu inspira profundamente em Gilgamés uma busca para escapar da morte obtendo a imortalidade divina.[9]
Enquidu praticamente não existe fora das histórias relacionadas a Gilgamés. Pelo que sabemos, ele nunca foi um deus a ser adorado e está ausente das listas de divindades da antiga Mesopotâmia. Parece surgir em uma invocação da era paleobabilônica destinada a silenciar um bebê que chora, um texto que também evoca o fato de que Enquidu teria determinado a medição da passagem do tempo à noite, aparentemente em relação ao seu papel como guardião do rebanho à noite no épico.[10]