Esgrima crioula

Esgrima crioula
Esgrima crioula
Facão contra adaga
Prática Arte marcial
Foco Armas (Facão, Adaga e Faca)
Dureza Contato pleno
Esporte olímpico Não

Esgrima crioula (em castelhano: esgrima criolla), esgrima do facão ou esgrima gaúcha é um sistema de combate adaptado pelos gaúchos nos pampas brasileiros, uruguaios e argentinos. É a esgrima com faca utilizada pelos gaúchos, sendo acompanhada do poncho, rebenque e outras armas crioulas. É também chamada de "esgrima com facão". [1].

Este sistema consiste na utilização de armas tradicionais. São eles o facão, o punhal, as boleadeiras e a lança chamada chuza, juntamente com o poncho e o rebenque, compondo este sistema de combate desde seus primórdios no final do século XVIII na Banda Oriental (atual Uruguai) até sua evolução nos dias de hoje. com uma rica história que está presente desde a criação da nação argentina e dos países platinos. Era utilizado principalmente na caça, para matar animais para comer. Mais tarde, foi utilizada para o combate, tanto a pé quanto montado a cavalo, foi usada na Revolução Farroupilha e Revolução Federalista no Rio Grande do Sul e na independência da Argentina contra o imperialismo espanhol. [2]

Ficou famoso também (e existem algumas escolas pela Argentina tentando ressuscitar a Esgrima Crioula como esporte) pelos duelos entre rivais. Acabando com a morte ou rendição de um dos combatentes. Era proibido utilizar armas de fogo. Usava-se panos presos nas mãos para defender-se, enganar e provocar o adversário. A Esgrima Crioula é comparada, pelo povo Sul-Riograndense, como uma rinha de galos. Usam como referência o poema, de Jaime Caetano Braun, "Galo de Rinha" para expressar a coragem e determinação do gaúcho em combate. [3]

A Esgrima Crioula teve importante participação na criação da identidade e da história do Sul do Brasil. Foi extremamente utilizado em guerras como a Revolução Farroupilha e a Revolução Federalista (também conhecida como Guerra Degola). Seus duelos foram históricos e amplamente respeitados pelos gaúchos, e o vencedor recebeu grande respeito da sociedade local. A esgrima crioula inspirou escritores e artistas como Érico Verissimo e Jaime Caetano Braun por ser o símbolo máximo de resistência, honra e orgulho. [3]

  1. «La visteadao el visteo, esa esgrima criolla». LA NACION (em espanhol). 26 de janeiro de 2013. Consultado em 4 de setembro de 2023 
  2. www.eldia.com, Diario El Dia de La Plata. «Diario El Dia de La Plata www.eldia.com». www.eldia.com (em espanhol). Consultado em 4 de setembro de 2023 
  3. a b Desocio, Sebastián Elías (2017). «"La esgrima criolla argentina: hacia una deportivización de la disciplina.", em "XII Congreso Argentino y VII Latinoamericano de Educación Física y Ciencias"» (PDF). Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación | Universidad Nacional de La Plata. Consultado em 2 de abril de 2024. Cópia arquivada em 2 de abril de 2024 

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