Os fantasmas na cultura chinesa são espíritos de pessoas mortas e que podem ser malévolos ou benevolentes, dependendo de como foram tratados em vida. Eles são influenciados por duas fontes: o confucionismo e o budismo. Esses fantasmas geralmente se enquadram em três categorias: vingativos, órfãos e famintos. Os fantasmas vingativos são aqueles que foram maltratados em suas vidas humanas e que buscam vingança pela dor que sofreram. Os fantasmas órfãos são aqueles que não deixaram descendentes em sua vida. Os fantasmas famintos são aqueles que se tornaram famintos devido aos seus próprios erros.
Os fantasmas chineses são descritos em textos clássicos chineses e continuam a ser retratados na literatura e no cinema modernos. Alguns personagens importantes relacionados aos fantasmas chineses são Iama (閻王),[1] o soberano e juiz do submundo; Zhong Kui (鍾馗),[2] o exterminador de fantasmas e seres malignos; e Ba Jiao Gui (芭蕉鬼), um fantasma feminino que habita uma bananeira e aparece chorando sob a árvore à noite.[3]
O Festival dos Fantasmas Famintos, celebrado na China (incluindo as Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau), Taiwan, Malásia, Cingapura e em outras partes da diáspora chinesa, é dedicado a realizar rituais para honrar e lembrar os espíritos dos mortos. Neste dia, fantasmas e outras criaturas sobrenaturais saem do submundo e se misturam entre os vivos. As famílias preparam comida e outras oferendas e as colocam em um santuário dedicado aos parentes falecidos. Incenso e dinheiro de papel são queimados e outros rituais são realizados na esperança de que os espíritos dos mortos protejam e tragam boa sorte à família.