Filippo Brunelleschi | |
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Nome completo | Filippo di ser Brunellesco Lapi |
Nascimento | 1377![]() |
Morte | 15 de abril de 1446 (69 anos)![]() |
Nacionalidade | Florentino |
Movimento | Renascimento |
Obras notáveis | Santa Maria del Fiore Hospital dos Inocentes Capela Pazzi (em parte) |
Filippo Brunelleschi (nascido Filippo di ser Brunellesco Lapi;[1] Florença, 1377[2] – Florença, 1446) foi um arquiteto, matemático, ourives e escultor renascentista. Filippo Brunelleschi nasceu em uma família de classe média de Florença; era filho de Giuliana Spini e Brunellesco di Lippo, um advogado. Seu pai tentou influenciá-lo a ser também advogado, mas Filippo preferiu a arte e arquitetura. Começou a vida como ourives e foi, posteriormente, um arquiteto, o pioneiro desta arte na Renascença. Entrou para a história ao concluir a Santa Maria del Fiore, em Florença, uma das primeiras catedrais em estilo renascentista.
É considerado um dos primeiros arquitetos e designers da Idade Moderna,[3] e foi um dos três grandes percursores do Renascimento florentino com Donatello e Masaccio. Em particular, Brunelleschi, que era o mais velho, foi a referência para os outros dois e foi responsável pela invenção ou redescoberta da perspectiva do ponto de fuga único, ou "perspectiva linear central[4]
Embora tenha começado a trabalhar como ourives e, mais tarde, como escultor, acabou por se dedicar sobretudo à arquitetura e à construção, quase exclusivamente, em Florença, de edifícios seculares e religiosos que se tornaram modelos para outros artistas. Entre estes, destaca-se a cúpula de Santa Maria del Fiore, uma obra-prima da engenharia construída sem a ajuda de técnicas tradicionais, como o arco, conhecido pela sua estrutura autoportante.
Com Brunelleschi nasceu a figura do arquitecto moderno que, para além de estar envolvido nos processos técnico-operacionais, como os mestres-de-obras medievais, teve também um papel substancial e consciente na fase de planeamento: deixa de exercer uma arte meramente "mecânica", e passa a ser um intelectual que elabora uma "arte liberal", baseada na matemática, na geometria e no conhecimento histórico.[4] A sua arquitetura caracterizou-se pela criação de obras monumentais de clareza rítmica, construída a partir de uma medida básica (módulo) correspondente a números inteiros, expressa na braccia florentina, da qual derivam múltiplos e submúltiplos para obter as proporções de um edifício inteiro. Retomou às ordens arquitectónicas clássicas e o uso do arco de volta perfeita, indispensável para a racionalização geométrico-matemática das plantas e das elevações.[4] Uma característica distinta da sua obra foi também a pureza das formas, obtida com uma utilização essencial e rigorosa de elementos decorativos. Neste sentido, era típico o uso da pietra serena cinzenta nas estruturas arquitectónicas, que se destacava face ao gesso claro das paredes.[5]