Florence Nightingale | |
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![]() Florence Nightingale por volta de 1850
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Nome completo | Florence Nightingale |
Conhecido(a) por | Pioneira na enfermagem moderna |
Nascimento | 12 de maio de 1820 Florença Grão-Ducado da Toscana (atual Itália) |
Morte | 13 de agosto de 1910 (90 anos) Londres, Reino Unido |
Nacionalidade | britânica |
Ocupação | Enfermeira |
Prêmios | Real Cruz Vermelha (1883) Ordem de São João (1904) Ordem de Mérito (1903) |
Florence Nightingale (Florença, 12 de maio de 1820 — Londres, 13 de agosto de 1910) foi uma reformadora social britânica, estaticista[1] e fundadora da enfermagem moderna. Nightingale ganhou destaque ao servir como chefe e treinadora de enfermeiras durante a Guerra da Crimeia, na qual organizou o atendimento aos soldados feridos.[2] Ela deu à enfermagem uma reputação favorável e se tornou um ícone da cultura da era vitoriana, especialmente pelo apelido de "A Dama da Lamparina", por realizar rondas se utilizando deste instrumento para auxiliar soldados feridos à noite.[3][4]
Comentaristas recentes afirmaram que as conquistas de Nightingale na Guerra da Crimeia foram exageradas pela mídia na época, mas os críticos concordam sobre a importância de seu trabalho posterior na profissionalização das funções de enfermagem para mulheres.[5] Foi pioneira na utilização do modelo biomédico, baseando-se na medicina praticada pelos médicos.[6] Em 1860, ela lançou as bases da enfermagem profissional com o estabelecimento de sua escola de enfermagem no Hospital St. Thomas em Londres. Foi a primeira escola secular de enfermagem do mundo, hoje parte do King's College de Londres.[7] Em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro na enfermagem, o Juramento Nightingale feito por novos enfermeiros e a Medalha Florence Nightingale, a mais alta distinção internacional que um enfermeiro pode alcançar, foram nomeados em sua homenagem, e o Dia Internacional da Enfermagem é comemorado anualmente na data de seu aniversário. Suas reformas sociais incluíram a melhoria da assistência de saúde para todos os setores da sociedade britânica, defendendo maior combate à fome na Índia, ajudando a abolir as leis de prostituição, consideradas severas para as mulheres, e expandindo as formas aceitáveis de participação feminina na força de trabalho.[6]
Nightingale foi uma escritora prodigiosa e versátil. Em sua vida, muitos de seus trabalhos publicados se preocuparam em divulgar o conhecimento médico. Algumas de suas obras foram escritas em inglês simples para que pudessem ser facilmente compreendidos por aqueles com habilidades literárias insuficientes. Ela também foi pioneira na visualização de dados com o uso de infográficos, efetivamente utilizando apresentações gráficas de dados estatísticos.[5] Muitos de seus escritos, incluindo seu extenso trabalho sobre religião e misticismo, só foram publicados após a sua morte.