Frente Ampla (Uruguai)

Frente Ampla
Frente Amplio
Sigla FA
Fundador Líber Seregni
Fundação 5 de fevereiro de 1971 (54 anos)
Sede Montevidéu, Uruguai
Ideologia Facções:
Espectro político Centro-esquerda[4][5] à esquerda[11]
Think tank Fundação Líber Seregni
Ala de juventude Jovens FA
Afiliação internacional Aliança Progressista,
EIPCO,
Internacional Socialista
Deputados (2024)
48 / 99
Senadores (2024)
16 / 30
Intendentes
3 / 19
Prefeitos
32 / 125
Cores      Vermelho
     Azul
     Branco
Slogan "Força Construtora"[12]
Bandeira do partido
Página oficial
frenteamplio.uy

A Frente Ampla (em espanhol: Frente Amplio, FA) é uma coalizão eleitoral uruguaia de centro-esquerda[13][5] à esquerda.[19] Define-se como um grupo artiguista, populista, democrático, anti-oligárquico, anti-imperialista, antirracista e antipatriarcal.[1] Dela fazem parte vários partidos políticos e organizações da sociedade civil.[20][21]

A Frente Ampla foi fundada em 5 de fevereiro de 1971[22] na tentativa de eleger Líber Seregni à presidência da República. Com o golpe militar de 27 de junho de 1973, foi colocada na ilegalidade e reprimida, assim como os líderes que a formavam. Seu líder na época, Líber Seregni, chegou a ser preso.

Sua fundação sintetizou um processo de união de uruguaios estabelecido pelo Congresso do Povo, a unidade sindical formada por uma central sindical única que chegou à unidade política com a fundação da FA, a qual se define como uma coalizão e movimento e é composta por partidos, movimentos e grupos que atuam junto com toda uma rede de militantes agrupados em comitês de base e organizações departamentais.[23]

Mais de trinta anos depois, já na democracia, elegeu Tabaré Vázquez para presidente do Uruguai. Após cinco anos de um governo popular, Vázquez elegeu seu sucessor, José Mujica. Em 2014, o próprio Vázquez foi eleito presidente novamente.[24] Assim, a FA se manteve 15 anos no poder executivo no Uruguai.[25] Em 2020, o partido deixou a presidência do Uruguai após a eleição de Luis Lacalle Pou,[26] do Partido Nacional. Em 2024, retornou ao poder com a eleição de Yamandú Orsi.[27][5]

Atualmente, a FA é formada pelo Movimento de Participação Popular, pelo Partido Socialista do Uruguai, pelo Partido Comunista do Uruguai, pela Assembleia Uruguai, pela Vertente Arteguista, pelo Partido Pela Vitória do Povo, pelos Seregnistas, pelo Espaço Social-Democrata Amplo, pela Liga Federal Frente-Amplista, pelo Partido Democrata-Cristão, pela União de Esquerda Republicana, pelo Agrupamento Braço Libertador, pela Corrente de Ação e Pensamento - Liberdade, pelo Partido Operário Revolucionário, pelo Partido Socialista dos Trabalhadores, pelo Compromisso Frente-Amplista, pelo Encontro Federal Arteguista, e pela federação partidária O Abraço.[28]

Dentro dos grupos que compõem a FA, existem diferentes ideologias, como a social-democracia, o marxismo, o socialismo, o comunismo e, em menor medida, a democracia cristã e o liberalismo social, bem como alianças, frentes e espaços internos. Essa força política promove, por sua vez, um modelo de estado de bem-estar. Por meio de seus legisladores, a FA reconhece o direito à morte digna,[29] ao aborto,[30] ao matrimônio e adoção por pessoas do mesmo sexo e à mudança de nome nos documentos de transexuais.[31]

  1. a b «Frente Amplio incorporó definiciones de "antipatriarcal y antirracista" a sus valores compartidos». La Diaria (em espanhol). 28 de novembro de 2016. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  2. Gregory, Stephen (2009), Intellectuals and Left Politics in Uruguay, 1958-2006 (em inglês), Sussex Academic Press, p. 129 
  3. a b c «Fundación» (em espanhol). Frente Ampla. Consultado em 20 de fevereiro de 2025 
  4. «Centro-esquerda cresce no Uruguai, mas vitória no 2º turno é incerta». Agência Brasil. 28 de outubro de 2024. Consultado em 19 de fevereiro de 2025 
  5. a b c Felipe Branco Cruz (29 de novembro de 2024). «Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é eleito presidente do Uruguai»Subscrição paga é requerida. VEJA. Consultado em 19 de fevereiro de 2025 
  6. Gregory, Stephen (2009), Intellectuals and Left Politics in Uruguay, 1958-2006 (em inglês), Sussex Academic Press, p. 4, consultado em 7 de outubro de 2021, cópia arquivada em 14 de maio de 2014 
  7. Mainwaring, Scott; Scully, Timothy R. (2003). The Diversity of Christian Democracy in Latin America. Christian Democracy in Latin America (em inglês). Stanford University Press. p. 49 
  8. «46 años del Frente Amplio, una fuerza de izquierda en Uruguay». teleSUR (em espanhol). 5 de fevereiro de 2017. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  9. «El FA volcado a la izquierda: MPP y comunistas concentran bancas y caen los "seregnistas"». El Observador (em espanhol). 29 de outubro de 2019. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  10. «Historia - Lineamentos básicos». frenteamplia.org.uy (em espanhol). Consultado em 7 de outubro de 2021 
  11. [6][7][8][9][10]
  12. «Manual de Uso». Frente Ampla (em espanhol) 
  13. «Centro-esquerda cresce no Uruguai, mas vitória no 2º turno é incerta». Agência Brasil. 28 de outubro de 2024. Consultado em 19 de fevereiro de 2025 
  14. Gregory, Stephen (2009), Intellectuals and Left Politics in Uruguay, 1958-2006 (em inglês), Sussex Academic Press, p. 4, consultado em 7 de outubro de 2021, cópia arquivada em 14 de maio de 2014 
  15. Mainwaring, Scott; Scully, Timothy R. (2003). The Diversity of Christian Democracy in Latin America. Christian Democracy in Latin America (em inglês). Stanford University Press. p. 49 
  16. «46 años del Frente Amplio, una fuerza de izquierda en Uruguay». teleSUR (em espanhol). 5 de fevereiro de 2017. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  17. «El FA volcado a la izquierda: MPP y comunistas concentran bancas y caen los "seregnistas"». El Observador (em espanhol). 29 de outubro de 2019. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  18. «Historia - Lineamentos básicos». frenteamplia.org.uy (em espanhol). Consultado em 7 de outubro de 2021 
  19. [14][15][16][17][18]
  20. «Historia». frenteamplio.org.uy (em espanhol). Consultado em 8 de dezembro de 2022. Arquivado do original em 12 de maio de 2009 
  21. «DOCUMENTOS FUNDACIONALES». frenteamplio.org.uy. Consultado em 8 de dezembro de 2022. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2016 
  22. «Historia - Fundación». frenteamplio.org.uy (em espanhol). 28 de setembro de 2018. Consultado em 7 de outubro de 2021 
  23. Guilherme Daroit (28 de setembro de 2024). «28 de setembro de 1966: surge o PIT-CNT no Congresso de Unificação Sindical no Uruguai». Democracia e Mundo do Trabalho em Debate. Consultado em 19 de fevereiro de 2025 
  24. «Tabaré Vázquez é eleito presidente do Uruguai». G1. 1 de dezembro de 2014. Consultado em 30 de agosto de 2015 
  25. Regalado, Roberto (2008). Encuentros y Desencuentros de la Izquierda Latinoamericana: Una Mirada Desde el Foro de São Paulo (em espanhol). [S.l.: s.n.] p. 122-136. Consultado em 30 de agosto de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  26. «Lacalle Pou é eleito novo presidente do Uruguai e tira grupo de Mujica do poder após 15 anos». G1. 28 de novembro de 2019. Consultado em 17 de abril de 2021 
  27. «Eleições Uruguai: quem é Yamandú Orsi, eleito presidente». BBC News Brasil. 25 de novembro de 2024. Consultado em 19 de fevereiro de 2025 
  28. «Sectores» (em espanhol). Frente Ampla. Consultado em 20 de fevereiro de 2025 
  29. Fernández, Nelson (4 de dezembro de 2008). «Avanza en uruguay un proyecto de muerte digna». LA NACION (em espanhol). Consultado em 8 de dezembro de 2022 
  30. «Aborto en Uruguay». leyaborto.org (em espanhol). 6 de novembro de 2008. Consultado em 8 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 27 de junho de 2009 
  31. «Senado uruguayo daría paso a matrimonio gay con cambio de nombre y sexo». Univisión (em espanhol). 2008. Consultado em 8 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2008 

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