Funerais nórdicos, ou práticas de inumação dos escandinavos da Germânia setentrional da Era víquingue (escandinavos da era medieval precoce), são conhecidos tanto graças à arqueologia e relatos históricos, como às sagas islandesas, poesia nórdica antiga e, sobretudo, a um relato atribuído ao árabe Amade ibne Fadalane [1] — a única testemunha ocular conhecida[2] — que revelam práticas víquingues que recorriam à incineração dos seus mortos em barcos funerários. Os rituais que tiveram lugar em terra permitiram aos arqueólogos estudar as diversas tradições escandinavas da era víquingue.
Em toda a Escandinávia existem vários túmulos remanescentes em honra de reis e chefes víquingues, para além de pedras rúnicas e outros monumentos funerários. Alguns dos mais célebres encontram-se no cemitério víquingue de Borre, na Noruega, em Birka na Suécia, e em Lindholm Høje e Jelling na Dinamarca.
Uma tradição de destaque é o enterro em barcos fúnebres, onde o morto era colocado num barco ou navio de pedra, onde eram deixadas oferendas de acordo com a casta e profissão do defunto, entre as quais poderiam integrar o sacrifício de escravos. Por fim, eram criadas pilhas de pedra e terra produzindo assim os túmulos.